Exame.com
Continua após a publicidade

Humanização de marca: como vender mais através de conteúdos estratégicos

Entenda a importância da humanização no mercado de e-commerce atual e quais os passos para se investir em tal estratégia

Following the team manager card vector illustration. Human hand gesture with finger indicating direction in trendy halftone retro collage mixed media 90s style. Concept of team direction, business decision, leadership, guidance or strategy.
Following the team manager card vector illustration. Human hand gesture with finger indicating direction in trendy halftone retro collage mixed media 90s style. Concept of team direction, business decision, leadership, guidance or strategy.

O universo do varejo digital é atualmente um dos mais competitivos que existem. Se o e-commerce cresce todos os anos, movimentando bilhões, a concorrência apenas aumenta e o público tem uma infinidade de marcas e produtos a escolher a apenas um toque do celular.

Para gerar demandas para seus produtos e se manter estabilizadas no mercado, as empresas precisam despertar o interesse dos clientes, algo que na era das redes sociais está muito ligado à humanização de marcas, de modo que isso se tornou o principal artifício para alcançar esse objetivo. 

Trata-se de trazer um pouco do calor humano do varejo tradicional para a frieza do ambiente on-line. Quando uma pessoa compra um produto em uma loja física, ela pode conversar com o atendente e outros fregueses, experimentar o produto, pedir opiniões e se sentir mais próxima daquele ambiente, ainda que tenha acabado de ter contato com uma marca. 

No e-commerce, isso é mais difícil, pois todo o processo automatizado desse meio acaba gerando dúvidas ao cliente antes e no pós compra sobre a regularidade da loja, o funcionamento do produto, possibilidade de devolução e modos de uso. Como não há um vendedor convencional, as empresas precisam quebrar objeções e a humanização é a melhor solução para isso.

O UGC e outras estratégias de humanização

Muitas marcas já reconhecem a necessidade da humanização de conteúdos para a web. É o caso da HolySoup, empresa de refeições saudáveis que conseguiu construir um público cativo por meio de diferentes estratégias. A principal delas foi o uso de conteúdos em vídeo nas redes sociais. Por meio desse conteúdo, a empresa consegue apresentar seus produtos em uma perspectiva mais próxima do uso cotidiano do cliente.

Embora a empresa desenvolva vídeos próprios, ela também tem apostado muito no conteúdo de User Generated Content (UGC). Basicamente, a HolySoup oferece seus produtos a pessoas selecionadas a troco de review sobre o que elas acharam das refeições.

Por se tratarem de pessoas reais, além de influenciadores (em sua maioria micro-influenciadores), há a criação de um vínculo de identidade com o público que reconhece naquela experiência gravada em vídeo uma vivência que ele próprio teria ou gostaria de ter. Vale dizer que tais conteúdos também estão ligados a diferentes nichos que permeiam a empresa e sua clientela, como o do lifestyle saudável, despertando a sensação de pertencimento tão importante para se estreitar laços entre marcas e consumidores.

Entretanto, as ações da HolySoup não param por aí! O conceito de humanização envolve toda a estratégia comunicacional da empresa quepossui um SAC humanizado que conversa diretamente com o cliente, inclusive nas redes sociais, para tirar dúvidas específicas e estreitar laços, algo que não acontece ao se utilizar chatbots que causam distanciamento. Em seu site, a Holy traz também textos descontraídos e divertidos que fortalecem a identificação do público.

A HolySoup conta ainda com a aprovação de nutricionistas que indicam seus produtos no site e trazem credibilidade para seus produtos. Com isso, o cliente sente maior confiança em consumir as refeições da marca.

A importância da comunidade

Olhando para quem já alcançou o sucesso no mundo do e-commerce, nota-se a capacidade de criação da noção de pertencimento a uma comunidade. Quem consome produtos de uma marca humanizada constrói um vínculo com aquela empresa, assim como com os outros usuários que a utilizam. Desse modo, o cliente  se sente parte de um grupo especial de consumidores.

Qualquer empresa pode fazer, mas é preciso estratégia e visão. Deve-se estudar com cuidado a imagem que se deseja passar para o público e compreender como ele vai reagir às comunicações.

Para isso, é importante estabelecer um propósito bem definido atrelado à marca e trazer uma noção de valor para quem consome o produto. Esses primeiros passos criam uma comunidade interna que vai sendo preenchida ao pouco por mais pessoas que acreditam nos valores do negócio. Com isso, é possível formar conexões inquebráveis com seu público e formar aos poucos sua própria comunidade de clientes.