Ciência

Brasileira é homenageada com boneca da Barbie por trabalho sobre covid-19

A biomédica Jaqueline Góes de Jesus tem 31 anos, é natural de Salvador e pesquisadora bolsista da Fapesp

Jaqueline Góes de Jesus, cientista brasileira que integra equipe responsável pelo primeiro sequenciamento do genoma do coronavírus na América Latina, com sua Barbie (Jaqueline Góes de Jesus/Divulgação)

Jaqueline Góes de Jesus, cientista brasileira que integra equipe responsável pelo primeiro sequenciamento do genoma do coronavírus na América Latina, com sua Barbie (Jaqueline Góes de Jesus/Divulgação)

share
LP

Laura Pancini

Publicado em 4 de agosto de 2021 às 11h27.

Última atualização em 4 de agosto de 2021 às 14h50.

A biomédica brasileira Jaqueline Góes de Jesus ganhou uma Barbie em sua homenagem pelo trabalho no sequenciamento do vírus da covid-19. Ela foi escolhida com outras cinco cientistas mulheres pela fabricante de brinquedos Mattel.

Jesus faz parte da equipe responsável pelo primeiro sequenciamento genético do SARS-CoV-2 no início da pandemia na América Latina.

As amostras eram do primeiro paciente brasileiro infectado, em 26 de fevereiro de 2020. Enquanto a média mundial era de 15 dias, Jesus e seus colegas de equipe, sob coordenação da imunologista Ester Cerdeira Sabino, sequenciaram o genoma do vírus apenas 48 horas após a confirmação do caso.

Além disso, o trabalho da equipe mostrou a diferença entre o vírus do paciente brasileiro e o identificado em Wuhan, epicentro da doença na época. O caso do Brasil estava mais próximo da variante detectada na Alemanha no final de janeiro.

Natural de Salvador, Jaqueline Góes de Jesus tem 31 anos e também trabalhou na equipe responsável pelo sequenciamento do genoma do vírus da zika. Atualmente, é pesquisadora bolsista da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em nível de pós-doutorado, no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo na USP. 

Além dela, estão sendo homenageadas a professora Sarah Gilbert, cocriadora da vacina AstraZeneca; Amy O'Sullivan, enfermeira do pronto-socorro que tratou o primeiro paciente com covid-19 em Nova York; Audrey Cruz, médica de primeira linha em Las Vegas; Chika Stacy Oriuwa, psiquiatra canadense que "lutou contra o racismo sistêmico na área de saúde", de acordo com a empresa, e Kirby White, médica australiana que desenvolveu uma bata cirúrgica para trabalhadores da linha de frente.

Barbie brasileira ao lado de outras cientistas homenageadas pela luta contra a covid-19

Barbie brasileira ao lado de outras cientistas homenageadas pela luta contra a covid-19 (Mattel/Reprodução)

  • Não perca as últimas tendências do mercado de tecnologia. Assine a EXAME.
Acompanhe tudo sobre:BarbieCoronavírusMattelPesquisas científicaspopulacao-brasileira

Mais de Ciência

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus

Reino Unido testa remédios para perda de peso para combater desemprego

Nova variante do vírus da covid-19 é identificada em três estados