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Laces and Hair pretende licenciar a marca gratuitamente com o Bioma Salon

Com o crescimento do e-commerce durante a pandemia, o faturamento do Laces and Hair se voltou aos produtos. Agora o grupo prevê a expansão com o licenciamento de salões

Laces and Hair unidade Moema, São Paulo.  (Laces and Hair/Divulgação)

Laces and Hair unidade Moema, São Paulo. (Laces and Hair/Divulgação)

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Julia Storch

Publicado em 31 de março de 2021 às 11h49.

Última atualização em 31 de março de 2021 às 17h39.

Em 2020, os grupos de Balé da Cidade e de Paraisópolis fizeram uma apresentação para o lançamento da linha de coloração do Laces and Hair. Com a pandemia e a crise em diversos setores, incluindo o da beleza, o hair spa paulistano decidiu lançar um livro sobre a “calma”, para acompanhar a nova marca C/alma de quatro shampoos e um condicionador. Com 46 milhões de reais de faturamento anual com sete salões em três estados do país e o e-commerce Slow Beauty, Itamar Cechetto, CEO do Grupo, conversa com Casual sobre os novos passos da marca badalada de salões naturais e sustentáveis, como o projeto Bioma Salon, que irá converter salões de beleza convencionais em salões de beleza sustentáveis.

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São quase 100 anos de história da família Dios no ramo de beleza capilar. Vindo da Espanha, o barbeiro naturalista João Emanuel, passou as sabedorias de cuidados com o cabelo para a filha, a cabeleireira Mercedes, e depois para a cosmetóloga Cris, que hoje comanda os salões de beleza Laces and Hair, inaugurado pela família em 1987. “Desde a abertura do salão, sempre houve a preocupação com o cabelo, tanto que no começo, as clientes saiam com o cabelo molhado, para não serem danificados pela escova”, conta Cechetto. 

De lá para 2021, a atenção com os cuidados naturais das madeixas cresceu. Entre as várias ações do grupo, em um 2020 difícil para o setor, foi a de passar de mais de 70% de sua receita, que estava no setor de serviços, para produtos. Em 2019, o grupo fechou o ano com 46 milhões de reais em faturamento, e 2020 com a mesma cifra, ainda que tenha perdido 15 milhões de reais com o fechamento dos salões, a venda de produtos online impulsionou a marca. Hoje, os cosméticos do Laces passaram de 300 pontos de venda, entre drogarias e supermercados, para 900 pontos. Com o lançamento de C/alma e produtos custando 29 reais, a marca pretende expandir para outros públicos. 

“Os shampoos, condicionadores são feitos com ingredientes naturais, além de serem veganos e não testados em animais”, comenta Cechetto que completa dizendo que C/alma se relaciona com o dia a dia dos consumidores em seus momentos de autocuidado. “As pessoas passam muito tempo da vida delas no banho. Não pode ser história de pressa, mas de integração com ingredientes”. 

Para complementar as experiências com os clientes, o hair spa oferece intervenções artísticas em seus lançamentos, como o livro C/alma, distribuído digitalmente e disponível nas gôndolas através de um QR code. “Não queremos ser uma empresa rasa, com entregas sem profundidade, pensamos em desmistificar a arte e aproximá-la das pessoas. Pensamos no social não só dos clientes mas do meio ambiente também. Somos compensadores de carbono, temos projetos com os índios do Xingu e com nossos funcionários.”

Um dos quatro shampoos da linha C/alma. (Laces and Hair/Divulgação)

Ainda com a pandemia, o grupo Laces investiu também na expansão do e-commerce da marca, o Slow Beauty, que hoje representa 13% das receitas do grupo e 31% das vendas da divisão de produtos. Para sustentar o crescimento, a empresa acaba de anunciar a estruturação do time e a implementação de uma rede de agentes regionais para atender a distribuição em todas as regiões do país. Hoje, feita para a região Sudeste e em expansão para as regiões Sul e Centro-Oeste do país.

Incansáveis, o grupo pretende ainda lançar mais uma novidade, o Bioma Salon, que irá converter salões de beleza convencionais em salões de beleza sustentáveis. Segundo Cechetto, “o mercado global de beleza, de acordo com a Mintel, vai chegar em 2023 próximo a 800 bilhões de dólares. O mercado de consumo consciente ainda representa menos de 3% deste montante, com um valor aproximado de 23 bilhões de dólares. Certamente o nosso projeto Bioma Salon irá ajudar a fazer a conversão do mercado convencional para o sustentável.”

O salão Bioma Laces, unidade Villa Lobos, São Paulo. (Laces and Hair/Divulgação)

Os Bioma Salons funcionarão com o modelo de “licença”. O Laces entregará aos salões design consciente, cursos, produtos e a experiência no mercado do Laces e da norte-americana Aveda, que conta com 9.500 salões espalhados pelo mundo com um formato similar. 

De forma gratuita, os salões podem se aplicar para se converterem ao Bioma Salon. Entre as vantagens, os parceiros poderão, por exemplo, fazer uma “residência” em mais de 40 países, seja em coloração, corte ou mesmo em aumento de vendas. Além disso, terão participação no e-commerce Slow Beauty, vendendo os produtos para as clientes através do site para entrega tanto no local, quanto na residência dos clientes. Com a conversão, é previsto um aumento do faturamento de 30% a 60% no primeiro ano para os salões. Com calma e visão de negócios, para os próximos 5 anos, estão previstos 560 salões neste modelo. 

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