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Refinadas, cachaças brasileiras podem custar quase 5 mil reais

Dia da Cachaça: para driblar o preconceito de parte dos consumidores, marcas investem em rótulos diferenciados --- que podem conter até ouro

Dia da Cachaça: em 2020, o número de novos produtores cresceu 4%.  (Anjelika Gretskaia/Getty Images)

Dia da Cachaça: em 2020, o número de novos produtores cresceu 4%. (Anjelika Gretskaia/Getty Images)

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Matheus Doliveira

Publicado em 13 de setembro de 2021 às 14h00.

Última atualização em 15 de setembro de 2021 às 11h49.

Hoje, dia 13 de setembro, comemora-se o Dia da Cachaça. A data é celebrada desde 2009 e foi instituída pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) em menção ao dia em que a Coroa Portuguesa autorizou a produção e comercialização da bebida em terras brasileiras, no ano de 1661, após a revolta da cachaça. 

Mesmo ainda sendo alvo de preconceito por parte dos consumidores, a cachaça permanece sendo uma das bebidas mais populares entre os brasileiros, e os produtores tentam se diferenciar para conquistar novos públicos, em especial, os que podem pagar mais.

Fundada em 2010 pelos sócios Rafael Araújo e Marcos Paolinelli, a Cachaçaria Nacional é uma das marcas que pretendem surpreender o paladar dos consumidores com rótulos mais refinados, que podem custar mais que 4 mil reais a garrafa.

O desafio de convencer o consumidor a investir milhares de reais em uma bebida tão popular não é fácil, mas Araújo garante que, aos poucos, o preconceito com a bebida está ficando para trás conforme rótulos mais finos chegam às prateleiras. "Muita gente imagina que a cachaça é uma bebida barata, com teor alcoólico altíssimo e de qualidade duvidosa, mas não é assim. Decidi viajar por quase todos os estados produtores e experimentei centenas de rótulos para conseguir entender tudo sobre o universo das cachaças”, diz.

Hoje, a Cachaçaria Nacional possui um portfólio com mais de 2 mil rótulos de cachaça, além de ser o maior clube de assinatura da bebida no mundo. No site da marca, é possível encontrar desde cachaças a preços mais democráticos, a partir de 30 reais, até bebidas super premium.

Entre os rótulos mais caros, está a Cachaça Havana. Armazenada por 12 anos em barris de bálsamo, madeira típica da região de Salinas, Minas Gerais, cada garrafa recebe um número único, que garante a legitimidade da bebida. A garrafa de 750 ml pode ser adquirida por 4.900 reais.

Já a Cachaça Middas Reserva Especial vem com um frasco de ouro de 23 quilates importado da Alemanha. O cliente precisa apenas despejar os flocos de ouro comestíveis dentro da garrafa e saborear a única cachaça no mundo produzida com o elemento químico e vendida por 437,00 reais. 

Localizada no Rio Grande do Sul, a Weber Haus é outra marca que aposta nas cachaças premium. Por lá, uma cachaça extra premium envelhecida por 12 anos em barris de bálsamo e carvalho francês é vendida por 2.715 reais. Apenas 2.000 garrafas da bebida que leva o nome da marca foram produzidas, sendo todas numeradas, envazadas e exclusivas com detalhes ornamentais banhados em ouro.

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