As 10 regras do bom terno, pelo estilista Ricardo Almeida
Mas guarde as dicas para o momento certo. A recomendação, por enquanto, é manter o isolamento social
Desfile de coleção de Ricardo Almeida: celebridades estão entre seus clientes (Ricardo Almeida/Divulgação)
Ivan Padilla
Publicado em 30 de março de 2020 às 07h00.
Última atualização em 31 de março de 2020 às 00h43.
O estilista Ricardo Almeida fez uma festa em abril do ano passado para comemorar seus 35 anos de carreira. Pelos convidados, dava para ser ter uma ideia da clientela: Alexandre Nero, Fiuk, Jonathan Azevedo, Malvino Salvador, Kaká... Almeida é conhecido como o estilista das celebridades, um mestre na arte da modelagem na hora de confeccionar um bom costume (conjunto de calça de paletó) ou terno (quando inclui o colete).
Na edição 1206, que está nas bancas, publicamos um especial com os jovens alfaiates que estão trazendo um toque de modernidade aos trajes clássicos. A inspiração de todos eles é Ricardo Almeida, o primeiro a tirar o pó das ombreiras da profissão e trabalhar com um corte mais slim e tecidos com padronagens diferentes. Para EXAME, ele aponta as 10 recomendações na hora de usar um bom terno. Mas guarde as dicas para o momento certo. A recomendação, por enquanto, é manter o isolamento social para reduzir a chance de propagação do coronavírus.
Toque de modernidade: padronagem xadrez e corte slim (Vitor Pickersgill/Exame)
Independentemente das regras que regem o universo da alfaiataria, o importante é você estar conectado com a sua identidade. Ser autêntico é a regra número um para a composição de um bom look.
Acreditamos na roupa próxima ao corpo. A escolha do tamanho do blazer e da calça é essencial para o acerto na alfaiataria. A medida do ombro não deve ultrapassar o limite do seu corpo e o tórax deve estar bem encaixado, para que o caimento da peça seja perfeito.
Detalhes de medidas fazem a diferença, pois imprimem um estilo específico em cada caso. Use os comprimentos de manga, corpo e barra da calça para deixar a roupa mais clássica ou mais moderna, de acordo com a sua personalidade e ocasião.
Assim como os detalhes de medidas, tecidos com padronagens, como xadrezes e listras, podem tirar o look do lugar comum trazendo originalidade.
Chamamos de “ponto de luz” aqueles detalhes que trazem informação de moda ao look de alfaiataria tradicional. Podem ser o padrão do tecido, o lenço de bolso, a gravata ou o sapato, porém a recomendação é que não sejam usados ao mesmo tempo, deixando o look exagerado.
Não se esqueça de que o sapato muda a leitura de sua alfaiataria. Experimente coisas novas e não esqueça que, hoje, o tênis é uma possibilidade caso seu universo não seja formal.
Deixe sempre o último botão do blazer e do colete desabotoados e, ao sentar-se, o blazer deve estar totalmente aberto.
Se você está habituado ao uso do cinto, dê preferência para usá-lo no dia a dia; para eventos sociais, a produção fica mais interessante sem o acessório.
Evite usar a gravata mais clara que a camisa e, no caso de usar a alfaiataria com camisa escura, é preferível não utiliza-la, ou apostar na monocromia, para ser mais assertivo.
Seu costume (blazer e calça) pode ser explorado não apenas em momentos formais, mas em diversas ocasiões. Use-os de forma independente. Crie combinações com peças mais casuais tais como, calça de alfaiataria com polo e tênis, o blazer do terno com jeans, ou mesmo o costume com uma camisa estampada.
A agência de arquitetura e comunicação visual Pitá já desenvolveu cerca de 1.000 projetos apenas nos últimos quatro anos, entre eles o da sede da EXAME