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Por que o cartão embute perigo de descontrole no orçamento?

Nosso inconsciente não sente a saída do dinheiro quando o pagamento é feito com cartão. É aí que está o perigo de descontrole no orçamento

Ilustração de máquina de cartão de crédito (Dave Santana/VOCÊ S/A)

Ilustração de máquina de cartão de crédito (Dave Santana/VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 20h11.

São Paulo - Em algumas situações, tirar o dinheiro da carteira pode ser tão doloroso quanto perdê-lo. Pagar em dinheiro ou ter a consciência prévia de que será esse o meio de pagamento escolhido pode causar desconforto e até mesmo tirar o prazer da aquisição.

O efeito psicológico de ver o dinheiro ir embora é tão intenso que pode até gerar poupança. Não é nada agradável ter de contar real por real o custo de uma compra.

Na contramão caminham os cartões de crédito e débito. Basta apertar algumas teclas e está tudo pago. A operação é tão simples que, em alguns momentos, passa despercebida e até serve de incentivo para que se consuma mais.

Ao ir a uma padaria para tomar um café, o indivíduo que escolher pagar em dinheiro passará pelo caixa rapidamente e terminará a compra com algumas incômodas moedas no bolso. Já quem optar pelo cartão poderá até considerar levar uma bala ou um chocolate do balcão de saída enquanto paga a conta sem se preocupar.

Nosso inconsciente não sente a saída do dinheiro quando o pagamento é feito com cartão, uma vez que, na opção crédito, o dinheiro não sai da conta automaticamente. É como se o consumidor não tivesse gastado nada naquela compra, quando na verdade despendeu dinheiro acima do que deveria.

Ao mesmo tempo que representa um alívio, o cartão também pode acabar se transformando em uma bomba-relógio.
O risco está exatamente na despreocupação em relação à quantia gasta. Se não houver um controle estrito das despesas, o inconsciente sempre considerará que ainda dá para gastar um pouquinho a mais naquele mês.

Felizmente para uns e infelizmente para outros, existe o limite de crédito do cartão, que vem sempre acompanhado de juros que deixam qualquer um de cabelo em pé e normalmente causam uma sensação bem mais desagradável do que a provocada pelo pagamento em dinheiro.

De qualquer maneira, para ambos os meios existem saídas. Para quem não tem controle do cartão, pode ser interessante acompanhar os gastos com frequência até mesmo em aplicativos para celular oferecidos pelos próprios bancos.

Já para quem está cansado de ver o dinheiro ir embora nas mãos de vendedores e garçons, vale combinar com os amigos que, cada dia da semana, alguém ficará responsável por pagar o almoço do grupo. Assim, algumas refeições se tornarão menos indigestas no caminho de volta ao trabalho.

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