Carreira

Conhecer mais de uma linguagem aumenta chance de contratação

Estudar mais de uma linguagem de programação aumenta a chance de obter recolocação profissional ou permite, por exemplo, tomar conta de uma parte maior de um projeto

Segundo Daniel Garbuglio, diretor da Experis, empresa de RH especializada no mercado de TI, a pessoa que possui conhecimentos em duas ou mais tecnologias consegue destaque no mercado e durante os processos seletivos (gangplankhq/Flickr)

Segundo Daniel Garbuglio, diretor da Experis, empresa de RH especializada no mercado de TI, a pessoa que possui conhecimentos em duas ou mais tecnologias consegue destaque no mercado e durante os processos seletivos (gangplankhq/Flickr)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 09h50.

São Paulo - Estudar mais de uma linguagem de programação aumenta a chance de o profissional obter recolocação profissional ou permite, por exemplo, tomar conta de uma parte maior de um projeto.

Segundo Daniel Garbuglio, diretor da Experis, empresa de RH especializada no mercado de TI, a pessoa que possui conhecimentos em duas ou mais tecnologias consegue destaque no mercado e durante os processos seletivos. “É raro encontrar um projeto que requer apenas uma linguagem”, diz.

O esforço e determinação de continuar os estudos em TI diferencia o profissional durante as seleções de emprego, mas o diretor explica que a experiência em projetos é o segredo para o desenvolvedor conseguir os melhores cargos.

“É perigoso restringir ou indicar uma tecnologia como uma excelente fonte de renda porque o mercado muda constantemente. É o caso dos especialistas em Cobol e mainframes. Poucas pessoas dominam esta área e os desenvolvedores cobram o salário que eles querem”, diz.

A dica do diretor aos interessados em retomar os estudos é focar o esforço em uma tecnologia complementar ou similar aos conhecimentos previamente adquiridos. Além disso, a pessoa deve evitar linguagens concorrentes para evitar possíveis dúvidas ou desinteresse. “Há áreas de TI onde os profissionais enxergam o código como uma religião”, explica.


Garbuglio comenta que a desvantagem pode aparecer se a pessoa somente planeja ler por curiosidade sobre a linguagem com o objetivo de conhecer um pouco de tudo. “O esforço não vale a pena se o profissional carece de especialização em uma linguagem. É melhor conseguir a vivência em um ambiente antes de partir para os estudos de outra tecnologia”, recomenda.

Já Anderson Lacerda, desenvolvedor com conhecimentos em C, C #, Genexus, Visual Basic, PHP e Shell Script, diz que a etapa mais difícil dos estudos é obter conhecimentos avançados na primeira linguagem. “A pessoa adquire proficiência a partir da segunda ou terceira tecnologia estudada. As estruturas e a lógica de programação são similares, mudam apenas os nomes dos comandos”, diz.

Hoje, Lacerda afirma que, em média, consegue aprender uma nova tecnologia em três dias e que o investimento vale a pena. “Conquistei uma vaga em um projeto específico em uma empresa, mas o cliente mudou todo o planejamento. Eu seria dispensado se eu não tivesse o interesse em estudar outras tecnologias”, lembra.

O desenvolvedor concorda com Garbuglio e diz que há mais chances de conquistar a vaga de emprego durante um processo seletivo se o candidato estudou mais de uma linguagem. Além disso, comenta que esta é uma característica do mercado brasileiro de TI.

“Nos Estados Unidos, por exemplo, as corporações buscam especialmente por profissionais altamente especializados e no Brasil os desenvolvedores devem ter um conhecimento geral sobre as tecnologias”, afirma.

O início dos estudos dispensa a necessidade de comprar apostilas. “Há conteúdo grátis em fóruns e sites especializados e oficiais”, comenta Lacerda.

Já Garbuglio recomenda buscar especialização em instituições de ensino como as Fatecs (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo) e pedir orientação aos colegas de trabalho que contam com experiência em prazos, projetos e regras. “É fortemente recomendável estudar sobre o tema e obter uma certificação para atestar o conhecimento na tecnologia”, diz.

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