Carreira

À beira do burnout: mulheres se sentem mais sobrecarregadas com o excesso de trabalho

Pesquisa da consultoria EDC também apontou que as mulheres entre 35 e 44 anos são mais suscetíveis a apresentarem sintomas relacionados ao burnout

Mulheres são mais comprometidas com o trabalho, mas se sentem mais esgotadas (Caiaimage/Paul Bradbury/Getty Images)

Mulheres são mais comprometidas com o trabalho, mas se sentem mais esgotadas (Caiaimage/Paul Bradbury/Getty Images)

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Luciana Lima
Luciana Lima

Repórter de Carreira

Publicado em 30 de março de 2023 às 14h45.

Última atualização em 30 de março de 2023 às 15h08.

Em meio ao cenário econômico turbulento e times mais enxutos, muitos profissionais estão precisando lidar com um aumento da carga de trabalho. Mas as mulheres, em especial, estão se sentindo mais sobrecarregadas.

Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa da consultoria EDC, que ouviu 365 profissionais, e apontou que quase um quarto das mulheres (24,64%) se sente angustiada e ansiosa com o volume de trabalho. Entre os homens, o número de profissionais que diz o mesmo cai para 15, 96%.

Em linha com outros levantamentos, a pesquisa da EDC Group também mostrou que, como uma consequência direta de estarem mais sobrecarregadas, as mulheres estão mais suscetíveis a sofrer com a síndrome de burnout, doença caracterizada pelo estresse crônico no ambiente de trabalho.

Enquanto, no geral, 19,82% das pessoas tiveram respostas que os classificariam com burnout, entre as mulheres de 35 a 44 anos esse percentual subiu 29,27%, tornando-as o público da pesquisa com a maior incidência de sintomas relacionados à doença.

Mulheres são mais engajadas no trabalho do que os homens

A pesquisa também mostrou que uma das causas para esse sentimento de sobrecarga pode estar no fato de que as mulheres estão mais comprometidas com o trabalho. Entre elas, 68,84% afirmam "vestir a camisa da empresa", ou seja, estão dispostas a dar ao máximo em suas funções. Já entre os homens, o patamar que diz o mesmo cai para 64, 89%.

As profissionais também são mais propensas a aceitar trabalhos de última hora: 61,59% versus 55,32%. O esforço, porém, não necessariamente resulta em ascensão para essas mulheres.

A pesquisa também apontou uma baixa representatividade delas na liderança, com 28,26% ocupando posições de nível acima de supervisor. Entre os homens, o número cresce mais de 10%, com 38,30% deles em cargos de liderança.

“’A pesquisa demonstra o quão preparadas e comprometidas as mulheres estão, cabe aos gestores e empresas equilibrarem essas entregas para que o público feminino seja mais recompensado pelo seu desempenho e menos sobrecarregado de funções”, diz Daniel Campos Neto, CEO da EDC Group.


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