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Apertem os cintos, 2014 chegou. Cuidado com seu dinheiro

Eleja uma ou duas prioridades, pesquise e compare preços, faça as contas... o ano vai ser difícil para as finanças pessoais, então comece já

Negócios, planejamento, calculadora e teclado (Getty Images)

Negócios, planejamento, calculadora e teclado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 14h45.

São Paulo - Quem lê o noticiário econômico começa o ano preocupado e se questionando sobre como realizar os planos em uma época de economia conturbada. A taxa básica de juros, ­Selic, que incide sobre boa parte dos preços, atualmente está em 10,5%.

Em janeiro do ano passado não passava de 7,25%. Há quem diga que ela deverá ultrapassar o patamar de 11% até o fim deste ano. Empréstimos e financiamentos ficam mais caros.

Os rendimentos do trabalhador brasileiro cresceram apenas 1,8% no ano passado. Em 2012, a renda de quem trabalha teve alta de 4,1%. Ou seja, há menos dinheiro no bolso, em época de inflação a galope.

Fatores externos também podem contribuir com um cenário ruim. A economia americana está se reerguendo e poderá atrair os investimentos que hoje vão para os países emergentes, como o Brasil.

Diante disso, você deve planejar cada passo novo que dará financeiramente. A dica é pôr sempre na ponta do lápis os gastos com seus projetos e analisá-los de duas formas. Verificar a diferença entre pagar à vista e financiar e, depois, calcular o peso das parcelas na renda mensal, no caso de financiamento.

Como os juros estão­ subindo, a tendência é que os pagamentos à vista representem negócios mais vantajosos. Quem optar pelo financiamento não deve comprometer mais de 30% do orçamento com as parcelas.

E, mesmo no caso dos estudos, só vale a pena fazer dois investimentos ao mesmo tempo, como um MBA e um curso de línguas, se essas duas dívidas não ultrapassarem o limite dos mesmos 30%. É uma questão de segurança e conforto para quem está se endividando.

Para quem pensa em intercâmbio, é preciso levar em consideração que o sonho de estudar está mais caro neste ano. O imposto sobre operações financeiras aumentou para as transações com cartão de crédito pré-pago (6,38%). Se for possível adiar, adie.

Em relação a casas, apartamentos, motos e carros, é de conhecimento amplamente público o pico de alta que os setores automobilístico e imobiliário estão vivendo. Dessa forma, adie, espere, controle sua ansiedade. Eleger uma ou duas prioridades, saber postergar alguns projetos, pesquisar e comparar preços e fazer as contas são medidas imprescindíveis num ano que deve ser mais difícil do que os anteriores. 

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