São Paulo – Sonho de
carreira para muitos, pesadelo para outros. Há alguns dias, uma ex-prestadora de serviço do
Facebook, empresa dos sonhos de muitos profissionais, colocou a boca no trombone sobre como foi trabalhar para a empresa de Mark Zuckerberg e não poupou críticas. Gestão ruim, intimidação, favoritismo e sexismo foram, de acordo com a ex-funcionária, os principais itens responsáveis pelo que classificou como
ambiente de trabalho desconfortável. Colegas de trabalho bravos, deprimidos e sem voz ativa, especialmente mulheres, faziam parte do seu cotidiano.O que ela considerou mais tóxico para o clima foi o tratamento que, segundo ela, era dado às mulheres, quase nunca encorajadas a falar. Seu trabalho era o de curadoria dos links que aparecem como trending à direita do feed de notícias dos usuários. “Quando encontrava algum erro na ferramenta de trending ou alguma discrepância nas diretrizes, minhas queixas eram recusadas. Quando um homem reportava o mesmo, era parabenizado por notar um problema e sugerir ações para repará-lo”, contou a ex-funcionária ao
jornal The Guardian. De acordo com ela, desde 2014, 15 pessoas da equipe de trending do Facebook, que tem entre 40 e 50 profissionais, pediram demissão, contando com ela. Número esse, diz, que é alto levando-se em conta os salários iniciais que variam entre 55 mil e 65 mil dólares anuais e as refeições grátis que o Facebook oferece à equipe. “O cargo deveria ser, teoricamente, atrativo, mas a taxa de rotatividade sempre foi alta”, disse. Falta de tempo para almoçar e vigilância constante também foram aspectos citados pela ex-funcionária. Ela contou que toda vez que alguém do time tirava uma folga recebia turnos na madrugada, o que ela via como uma forma de “punição”. Em resposta ao The Guardian, o Facebook disse que promove um ambiente respeitoso e seguro também para seus prestadores de serviço e que não tolera qualquer espécie de assédio ou tratamento inadequado em situações de trabalho. Em nota, a empresa informou que leva a sério qualquer tipo de alegação nesse sentido e que investiga toda e qualquer queixa que recebe de seus funcionários e prestadores de serviço. A seguir, navegue pelos slides para conhecer as principais reclamações de quem já vestiu o crachá do Facebook. Além do relato publicado pelo The Guardian, coletamos avaliações - grande parte anônima, publicadas pelos sites
Quora e
Glassdoor.