Receber bem um novo talento na empresa é fundamental para reduzir a rotatividade (Prostock-Studio/Getty Images)
Bússola
Publicado em 11 de julho de 2021 às 15h22.
Última atualização em 12 de julho de 2021 às 10h48.
Por Rubiana Cruz*
O onboarding começou a ser aplicado pelos RHs das empresas a partir da percepção de que o aprendizado na prática não era suficiente para promover uma adaptação e integração abrangente e efetiva de novos colaboradores.
Assim, adotou-se uma abordagem mais cuidadosa e acolhedora, que facilita a absorção da cultura, métodos e valores da companhia pelo “recém-embarcado”, assim como sua socialização com a equipe e o alinhamento de expectativas com gestores.
Hoje, a maioria das empresas tem seu processo próprio e reconhece o quanto ele é fundamental para gerar motivação desde o início, reter talentos e reduzir a rotatividade. Com a adoção do home office, devido à pandemia, essa noção foi ainda mais ampliada.
Isso porque os rituais de recepção e acompanhamento feitos fisicamente nos escritórios precisaram mudar repentinamente. Somam-se as revisões de estratégias, valores e a adoção de novas ferramentas tecnológicas em processos internos para se adaptar à lógica digital.
Logo surgiram as dúvidas sobre o onboarding remoto. É possível executá-lo de maneira efetiva? Na Guiando, aprendemos que, em um momento tão delicado, a resposta está, antes de tudo, em redobrar o acolhimento e os cuidados para que o colaborador não se sinta desamparado.
Como temos times em diversas localidades, o trabalho remoto durante a pandemia nos ajudou a buscar maneiras de alinhar de uma vez por todas nossa comunicação interna (adotando aplicativos de mensagem, por exemplo). Com isso, ganhamos mais agilidade nos processos, entre os quais o onboarding de novos colaboradores.
Seguindo nosso principal direcionamento, o people first, entendemos que fazer o máximo para que novos talentos se sintam pertencentes à empresa seria essencial para continuar crescendo. Assim, nosso fluxo de onboarding está passando por um aperfeiçoamento e realinhamento ao contexto, com uma abordagem gamificada, que está em sintonia com nossos valores.
Compartilho alguns insights que consideramos valiosos para um bom onboarding durante o home office. Com os colaboradores em casa, entendemos que um primeiro passo essencial seria oferecer um pacote de boas vindas caloroso, com uma mensagem do CEO e um Kit Guiando entregue na residência de cada um.
É necessário preparar o colaborador para que ele se sinta seguro e contemplado em diversas frentes. Para isso, a transparência é essencial. Esforços do RH junto a outros departamentos envolvidos fazem a iniciação do talento nos rituais e métodos da empresa, assim como o instruem sobre seus direitos como profissional.
A introdução à equipe geral e depois ao time de sua área também precisa ser cuidadosa para que o colaborador sinta-se confortável desde o início. Aqui vale até aplicar alguma dinâmica para quebrar o gelo, uma espécie de trote ou brincadeira. A eleição de um mentor é outra iniciativa que facilita a integração aos processos internos, pois é aqui que o “recém-embarcado” começa a ter suas referências.
Ainda, o desempenho do profissional está totalmente atrelado à boa relação com seus líderes. Propor uma conversa para alinhar expectativas, metas de desenvolvimento e entregas com seu gestor direto é imprescindível para que todo seu potencial seja colocado em prática de acordo com o que se espera. E essa comunicação deve ser constante e, novamente, prezar sempre pela transparência.
Por fim, dar feedbacks e oferecer programas de reconhecimento – na Guiando, temos a plataforma For You – recebe as pessoas de maneira calorosa, o que contribui para manter o estímulo e o alinhamento de expectativas, e garantir uma constância no processo iniciado no onboarding.
Repensar esse fluxo tem nos ajudado a conquistar talentos brilhantes para nossa equipe e integrá-los de maneira acolhedora e atenciosa, em um contexto no qual as relações de trabalho se transformaram profundamente, as novas tecnologias são dominantes e a adaptabilidade tornou-se pré-requisito.
Sabendo que as pessoas são o principal pilar do crescimento e construção de uma marca sólida, nosso objetivo é o aperfeiçoamento contínuo de todos os rituais, e com a integração não é diferente.
*Rubiana Cruz tem formação em Psicologia com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Coach pela SBC. É Consultora em Pessoas na Guiando.
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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