"Um dia desses vi no site de um dos maiores fundos de investimentos global que o propósito deles é “O Futuro é Humano”", escreve Carlos Guilherme Nosé (AdobeStock/Reprodução)
CEO e sócio da FESA Group - Colunista Bússola
Publicado em 28 de agosto de 2024 às 10h00.
Entrei no mundo de RH no ano 2000, ainda terminando minha faculdade e descobrindo o que era cada área, quais me interessavam mais, para qual eu tinha mais perfil. Caí em RH um pouco de paraquedas, confesso, mas o que me encantou desde o início era o discurso de que o desafio do RH era entender que cada ser humano é diferente.
Entendi isso como um grande desafio, imaginava que faria um papel quase de psicólogo em entender o que cada um pensava, suas ambições, seus medos, suas deficiências e potenciais. Mas ao começar a permear nas conversas de RH, eu começava a me questionar:
“Se cada ser humano é único, por que todas as políticas de RH são padronizadas e massificadas?”. Durante anos isso me incomodou e tentava a qualquer oportunidade, questionar e mudar esse status quo.
Acredito que a tecnologia sempre pode nos ajudar nessas questões e, além do mais, tivemos uma pandemia que permitiu a quebra de inúmeros paradigmas no nosso modelo de trabalho secular. Quem, lá no início de 2000, poderia imaginar trabalhar 100% remoto? Ou realizar diversas reuniões por vídeo?
Atualmente a tecnologia e flexibilidade, inclusive de algumas legislações, nos faz começar a ter soluções muito mais individualizadas para cada colaborador.
Trilhas de carreiras individualizadas, carteira digital de benefícios, avaliações de comportamento e liderança pontual por reunião, e por aí vai. Tantas frentes e disrupções, que começo a ver o que vislumbrava há mais de 20 anos atrás.
O mérito não é só da tecnologia, mas das lideranças também, por entenderem que, definitivamente, as pessoas não podem e nem querem ser mais tratadas como um simples número.
Um dia desses vi no site de um dos maiores fundos de investimentos global que o propósito deles é “O Futuro é Humano”.
Se um fundo de investimento, acostumado a olhar números, coloca como propósito isso, o que você está esperando para mudar sua forma de encarar seus processos e políticas de RH?
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