Empresa investe no conceito de trabalhabilidade e prepara alunos para novo mercado (urbazon/Getty Images)
Bússola
Publicado em 17 de agosto de 2021 às 10h46.
Por Jânyo Diniz*
A pandemia deixou o mundo de joelhos, forçando uma reinvenção em praticamente todos os setores da economia. Na educação não foi diferente. Em março de 2020, com apenas uma semana, o Ser Educacional implantou a modalidade de trabalho remoto para mais de 90% de seus colaboradores, possibilitando a continuidade dos trabalhos administrativos. Além disso, migramos todas as aulas teóricas dos cursos presenciais para o modelo remoto, garantindo que nossos alunos pudessem prosseguir com suas atividades acadêmicas.
Diante do cenário que estava colocado, decidimos acelerar nossa estratégia digital. Lançamos, ainda em 2020, uma nova linha de cursos digitais, com primeira captação no quarto trimestre de 2020, ampliando a oferta de cursos de educação digital.
Foi uma decisão tomada não só pelas circunstâncias, que impuseram um necessário distanciamento social para preservar a saúde das pessoas. Mas, também, pela visível mudança do padrão de comportamento dos alunos, que tendem a buscar o conhecimento de forma incessante, ao longo de todas as suas carreiras. Para essa mudança de comportamento, contribuíram o aumento da expectativa de vida da população e, principalmente, a inserção de novas tecnologias.
Ao dar esse passo, o grupo abraçou o conceito de longlife learning, ou seja, aprendizagem ao longo da vida.
Nessa nova realidade, desenvolvemos um novo modelo acadêmico, o Ubíqua. A inovação consiste no uso de metodologias ativas de ensino, baseadas no modelo TPACK — Conhecimento Tecnológico Pedagógico de Conteúdo, acompanhando as melhores práticas pedagógicas práticas. Isso significa flexibilidade na combinação de diversos tipos de conteúdo — por conta das exigências do mercado de trabalho, os alunos têm interesses cada vez mais multidisciplinares.
Com esse novo modelo, conseguimos incorporar agilidade no lançamento de novos cursos, tanto os digitais como os chamados híbridos (parcialmente digitais, parcialmente presenciais).
Os resultados iniciais são animadores, ainda que com os desafios inerentes de qualquer período de transição.
E essa fase representa uma espécie de recomeço para uma companhia que acaba de completar a maioridade. Criado em agosto de 2003, o Ser Educacional multiplicou-se. Naquele ano, com a fundação da Faculdade Maurício de Nassau, no Recife (PE), eram apenas seis cursos e 500 alunos. A companhia cresceu rapidamente.
Em 2006, já consolidada em Pernambuco, a Maurício de Nassau expandiu as fronteiras e abriu sua primeira unidade na Paraíba, em Campina Grande. Nos anos seguintes, vieram as cidades de João Pessoa, Natal, Fortaleza, São Luís, Maceió, Aracaju, Belém, Manaus, Salvador, Lauro de Freitas, Vitória da Conquista, Caruaru, Petrolina, Garanhuns e muitas outras.
Em 2012, a Maurício de Nassau, na capital pernambucana, foi credenciada como centro universitário. No mesmo ano, o Ministério da Educação autorizou a abertura do primeiro curso de medicina na instituição.
Mas, o grande marco na transformação da companhia veio em 2013, com a abertura de capital da empresa — na época, o maior IPO do setor de educação na América Latina. Os anos seguintes foram de intenso crescimento, com a aquisição da primeira universidade do grupo, a Universidade de Guarulhos (UNG), em 2014; e da Universidade da Amazônia (Unama), no ano seguinte.
Em 2017, a Uninassau passou a ser a única instituição no Brasil a ter cadeira cativa na Organização das Nações Unidas (ONU), em função de expressivos projetos de responsabilidade social: Praia Sem Barreiras, Mães produtivas, Faculdade na Comunidade, Trote Legal, entre outros. Em 2019, veio mais uma aquisição, a do Centro Universitário do Norte (Uninorte).
Mas, sem dúvida, esse período da pandemia foi um dos que tiveram mais avanços. Foram mais de R$ 800 milhões em investimentos em menos de 18 meses, com aquisições de cinco instituições (Unijuazeiro, Unesc, Unifacimed, Unifasb e Fael), além do Centro de Desenvolvimento de Medicina Veterinária (CDMV) e o Hospital Veterinário DOK e da startup Beduka.
Todas as aquisições são relevantes para o nosso negócio, mas duas são bem simbólicas da guinada digital que estamos promovendo: FAEL e Beduka.
Quando finalizarmos a aquisição da FAEL, o grupo passa a contar com mais de mil polos de EAD, adicionando cerca de 90 mil alunos à sua base de graduação e pós-graduação. Com o investimento na Beduka, agregamos uma plataforma que gera valor aos alunos, para que eles possam escolher de forma eficiente e inteligente os cursos que melhor se adequam a suas aspirações profissionais.
Estamos comprometidos com a visão de revolucionar a educação. Estamos avançando na conversão das unidades em verdadeiros Campi Digitais, que incluem o aumento da integração entre os cursos presenciais, híbridos e 100% online, com uma infraestrutura habilitada para esses novos tempos.
Estamos, ainda, investindo no conceito de trabalhabilidade, preparando os alunos para esse novo mercado, que exige pessoas com pensamento empreendedor e fortemente ancorado nos conhecimentos de tecnologia.
Completamos 18 anos, mas temos uma vida toda pela frente. E o futuro é bastante promissor.
*Jânyo Diniz é CEO do Grupo Ser Educacional
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