Cerca de 95% da população brasileira não fala inglês (Banco de imagens/Getty Images)
Bússola
Publicado em 7 de junho de 2022 às 16h10.
Última atualização em 7 de junho de 2022 às 18h09.
Por Bússola
No Brasil, cerca de 95% da população não fala inglês. Foi a partir dessa oportunidade que a startup Transfer English foi fundada em janeiro de 2022, com um investimento inicial de R$ 125 mil. Ao final do primeiro mês de operação, faturou R$ 2,2 milhões. De lá até agora, o faturamento já soma mais de R$ 10 milhões, com projeções de chegar a R$ 15 milhões no primeiro semestre. Expectativa para o primeiro ano: R$ 40 milhões.
Tudo isso com a venda de um modelo de assinaturas no valor de R$ 79,90 por mês, no plano anual. Para o CEO e fundador da startup, Bruno Simantob, o valor mais acessível contribui para que o negócio venha ganhando escala. “Nosso objetivo é cobrir toda a jornada da aquisição da língua inglesa, por meio de diferentes formatos, e fornecer conteúdos complementares para que o aluno não perca nunca o contato com o idioma. Por isso, nosso modelo de negócios é uma assinatura com acesso a tudo que há na plataforma, como uma Netflix”, diz.
Mas a startup também aposta em uma metodologia de ensino batizada de transferência linguística, que, segundo o fundador, permite ao aluno conquistar um nível operacional até dez vezes mais rápido, comparado aos modelos mais tradicionais. O método utiliza a língua materna como ponto de partida para o raciocínio em inglês.
“Quando o aluno é posto em uma situação de desconforto e estresse, sendo forçado a pensar em um idioma que ele ainda não domina, é comum que ele se sinta desestimulado em função da dificuldade. Por outro lado, quando entendemos as diversas semelhanças estruturais das duas línguas, conseguimos utilizar o nosso repertório, já desenvolvido em português, para executar uma transferência linguística para o inglês, encurtando muito o processo de operacionalização da língua”, afirma Bruno.
O empresário pensa agora em atrair o público hispânico. Vai investir R$ 2 milhões na nova frente. Hoje, a plataforma já conta com mais de 12 mil alunos, em mais de 30 países ao redor do mundo, a maioria brasileiros morando fora. Bruno quer replicar a metodologia para se consolidar também na América Latina.
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