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Trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp aprovam greve no dia 28

Segundo os servidores, a greve unificada deve ter a participação de trabalhadores da CPTM, Sabesp, Metrô, professores, profissionais da saúde e da Fundação Casa

Greve: servidores aprovaram paralisação (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Greve: servidores aprovaram paralisação (Rovena Rosa/Agência Brasil)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 23 de novembro de 2023 às 15h17.

Última atualização em 28 de novembro de 2023 às 07h20.

Os sindicatos dos trabalhadores do Metrô, CPTM e da Sabesp aprovaram nesta quinta-feira, 23, uma paralisação na próxima terça-feira, dia 28 de novembro. Os trabalhadores afirmam que os atos são contra as privatizações e terceirizações em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas.

Segundo os servidores, a greve unificada terá a participação de trabalhadores da CPTM, Sabesp, Metrô, da rede de ensino estadual e municipal, profissionais da saúde e da Fundação Casa. Os sindicatos do Metrô e da CPTM afirmam que podem trabalhar normalmente no dia da greve caso o governo do estado não cobre passagem da população.

"Seguimos apostando na unidade com outras categorias e um novo dia de greve unificada foi marcado: 28/11. Agora, além de trabalhadores do Metrô, CPTM, Sabesp, a luta unificada conta com os professores, trabalhadores da saúde e Fundação Casa", afirma em nota.

No dia 3 de outubro, uma greve unificada com os servidores do Metrô, CPTM e Sabesp teve grande impacto na capital paulista, que registrou mais de 600 km de lentidão. O rodízio foi suspenso e as administrações estadual e municipal decretaram ponto facultativo. Apenas as creches e escolas municipais e postos de saúde funcionaram. Escolas da rede estadual ficaram fechadas. As linhas do Metrô não funcionaram durante todo o dia e a CPTM teve linhas com operação parcial ou fechadas. Em meio à greve, a linha 9-esmeralda apresentou falha elétrica e os trechos entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré foram paralisados.

Por que o Metrô e CPTM podem entrar em greve?

Desde junho, os metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp exigem que o governo interrompa os processos de privatizações imediatamente, cancele os pregões de terceirização do Metrô e consulte a população por meio de um plebiscito sobre as entrega das empresas estatais à iniciativa privada.

Eles afirmam que a concessão de linhas de transporte e da rede de água e esgoto vão piorar a qualidade dos serviços. E citam, como exemplo, o aumento das falhas nas linhas 8 e 9 da CPTM após a concessão à ViaMobilidade.

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