Brasil

Sem radares, mais acidentes são registrados em rodovias

Até novembro, colisões aumentaram 4,8% em relação ao mesmo período de 2018; governo desligou equipamentos em agosto

PRF: fiscalização que havia sido suspensa por decreto do presidente Jair Bolsonaro, foi retomada em 23 de dezembro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

PRF: fiscalização que havia sido suspensa por decreto do presidente Jair Bolsonaro, foi retomada em 23 de dezembro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

share
AO

Agência O Globo

Publicado em 5 de janeiro de 2020 às 12h58.

Brasília — Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que, no intervalo de tempo em que os radares móveis ficaram desligados no ano passado, o número de acidentes nas rodovias federais cresceu 4,8%, em comparação com o mesmo período de 2018.

Entre 15 de agosto e 30 de novembro de 2019 — período em que os radares ficaram desligados — houve 24.020 acidentes nas estradas federais. Já no mesmo período de 2018 foram registrados 22.928. Também foram registradas mais mortes: 1.947 no ano passado, contra 1.929 em 2018, um aumento de 0,9%.

Os equipamentos móveis foram recolhidos em agosto, após a publicação de um decreto do presidente Jair Bolsonaro.

Em agosto, a determinação foi cumprida pela PRF após a publicação de um despacho do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, foram revogados atos administrativos sobre a atividade de fiscalização eletrônica de velocidade em rodovias e estradas federais.

No início de dezembro, a Justiça Federal em Brasília decidiu revogar a determinação do governo. O órgão deu um prazo até o diz 23 de janeiro para a PRF retomar o uso dos medidores de velocidade.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-transitoEstradasJair BolsonaroMortes

Mais de Brasil

Eleições nos EUA: Haddad diz que Brasil nunca teve dificuldade de lidar com republicanos

Governo pede esclarecimentos do X, de Elon Musk, sobre nova política para treinar IA

Reforma Tributária: plano de trabalho prevê audiências até meados de novembro

Apoio de Lira a proposta que limita decisões de ministros é interpretado como formalidade no STF