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Se decisão de zerar impostos for assinada, greve será encerrada, diz Abcam

Presidente da entidade disse que a medida de redução da Petrobras "não refrescou nada" para os caminhoneiros

Greve: caso a redução da PIS/Cofins para combustíveis for assinada p0or Temer, caminhoneiros irão encerrar paralisação, diz Abcam (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Greve: caso a redução da PIS/Cofins para combustíveis for assinada p0or Temer, caminhoneiros irão encerrar paralisação, diz Abcam (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de maio de 2018 às 13h27.

Brasília - O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse que a paralisação dos motoristas "acaba automaticamente", se o Senado aprovar a redução da PIS/Cofins para combustíveis e a decisão for sancionada pelo presidente da República, Michel Temer, para publicação no Diário Oficial. "Se a decisão sobre zerar impostos for assinada, o movimento será automaticamente levantado", disse em entrevista com jornalistas na manhã desta quinta-feira, 24.

Ao iniciar a conversa, o líder da entidade que representa os motoristas disse que a expectativa era que o Senado chancelaria a decisão sobre os impostos que aprovada na noite anterior pela Câmara. A afirmação fora feita antes de Fonseca ser informado que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), havia viajado para o Ceará.

Questionado sobre a decisão da Petrobras de reduzir o preço do diesel em 10% e mantê-lo estável por 15 dias, o presidente da entidade disse que a medida "não refrescou nada" para os caminhoneiros.

Fonseca defende que a redução do preço tem de ser permanente - através dos impostos - e que haja maior previsibilidade na oscilação dos preços.

Para isso, o movimento dos caminhoneiros pretende pedir ao governo a mudança da frequência de atualização dos preços dos combustíveis.

Atualmente, a Petrobras atualiza a tabela diariamente conforme o preço internacional do petróleo e da variação do dólar. Ao governo, o movimento dos caminhoneiros pedirá uma janela mais ampla, com prazos que poderiam ser entre 30, 60 e 90 dias.

Durante a entrevista, o presidente da Abcam demonstrou contrariedade com a viagem do presidente do Senado para o Ceará. "Se Eunício quiser esperar até a semana que vem, vamos esperar, mas parados", disse.

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