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Sarney chama delação da Odebrecht de metralhadora ponto 100

Em mais um áudio obtido pelo jornal Folha de São Paulo, o ex-presidente

José Sarney (Jane de Araújo/Agência Senado)

José Sarney (Jane de Araújo/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 19h47.

São Paulo – Em mais um áudio obtido pelo jornal Folha de São Paulo, o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) afirmou ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que a delação premiada em negociação pela empreiteira Odebrecht seria "é uma metralhadora de [calibre] ponto 100".

Este é o segundo áudio que vem a tona nesta quarta-feira (25). No anterior, Sarney afirmou que ajudaria Machado a fugir de Sergio Moro.

Nesta versão, o ex-presidente também relacionou a empresa a uma ação irregular que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) teria feito durante uma de suas campanhas eleitorais.

"Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela [Dilma] está envolvida diretamente é que falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do... E responsabilizar aquele [inaudível]", diz o jornal.

Além de Sarney, Renan Calheiros (PMDB-AL) também menciona o fato de que uma eventual delação da empreiteira atingiria a presidente Dilma.

Sarney afirma, ainda segundo o jornal, que "tudo isso" era de responsabilidade do governo. "Esse negócio da Petrobras, só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?", indagou o ex-presidente.

No assunto, Sérgio Machado disse que Lula "acabou". "O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão", concordou Sarney.

Machado usou as conversas realizadas em março deste ano justamente com esses interlocutores para fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. O contrato foi homologado pelo ministro do STF Teori Zavascki nesta terça-feira (24).

Como resposta ao jornal, em nota, o ex-presidente Sarney diz que não tem como responder às perguntas pontuais feitas pela Folha por não conhecer o inteiro teor dos áudios.

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