Caminhões em fila em terminal do Porto de Santos: o prejuízo, contudo, não está descartado se a restrição continuar (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2015 às 14h38.
São Paulo - A restrição ao tráfego de caminhões na cidade de Santos por meio do Sistema Anchieta-Imigrantes e o consequente impedimento para que os veículos pesados acessem a margem direita do Porto de Santos não devem gerar impacto significativo na movimentação de navios no Porto, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Isso porque os terminais trabalham com estoques para os volumes que serão embarcados no curto prazo.
Conforme destacou a assessoria de comunicação do órgão, o parque de armazenagem do porto é grande e está abastecido, "portanto, não há um impacto imediato na operação de embarque e descarga de navios".
A Codesp informou que somente o Terminal para Granéis Líquidos da Alemoa (Tegla) está com as atracações de navios suspensas.
Os demais 54 terminais do porto estão com atracações liberadas e operam normalmente.
No Tegla são operados produtos químicos, derivados de petróleo, gás e álcool. No momento, 10 navios aguardam na barra de Santos para atracar no Tegla, disse a companhia Docas.
O prejuízos, contudo, não estão descartados se a restrição continuar, o que deve ser avaliado ao final desta segunda-feira, 06.
Mais cedo, o Corpo de Bombeiros indicou que o incêndio nos tanques da Ultracargo pode acabar ainda hoje.
É a primeira previsão feita pela corporação desde o começo do acidente, às 10h de quinta-feira, 2. Já são mais de 90 horas de combate ininterrupto às chamas.
A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), o Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de Santos determinaram a proibição de chegada ou saída de caminhões em Santos por meio do Sistema Anchieta-Imigrantes, após a alternativa ter sido utilizada ao longos dos últimos dias, durante o feriado, enquanto a via de acesso ao porto (reta da Alemoa) segue interditada por causa do incêndio no terminal de combustíveis da Ultracargo.
Conforme explicaram, a medida foi adotada visando evitar impactos do tráfego portuário no município.
A Codesp orientou os terminais portuários para que os caminhões inicialmente programados permaneçam em suas origens.
Mas os veículos que por ventura chegam à região são retidos no km 40 da Rodovia Anchieta, na região do Planalto.
Aqueles que se dirigirem à margem esquerda do Porto (Guarujá) têm trânsito livre.