Brasil

Ranking nacional: SP é a melhor cidade para investir no ramo imobiliário

O setor de construção civil foi considerado essencial durante toda a pandemia. Conheça as melhores cidades para ter negócios no mercado imobiliário

Cidade de SP tem déficit habitacional de 400.000 unidades. (Leandro Fonseca/Exame)

Cidade de SP tem déficit habitacional de 400.000 unidades. (Leandro Fonseca/Exame)

share
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 9 de novembro de 2021 às 17h18.

Última atualização em 9 de novembro de 2021 às 17h36.

Desde o primeiro decreto da pandemia de covid-19, instituído pelo governo de São Paulo em março de 2020, o setor de construção civil foi considerado essencial. Apesar da incerteza inicial, o ritmo de obras foi retomado e cresceu na cidade de São Paulo. De janeiro a junho deste ano, os lançamentos totalizaram 27.114 unidades, superando o recorde anterior do primeiro semestre de 2019, com o registro de 20.157 unidades lançadas.

No acumulado de 12 meses (outubro de 2020 a setembro de 2021), foram comercializadas 65.690 unidades na cidade de São Paulo, um aumento de 32,1% em relação ao período anterior (outubro de 2019 a setembro de 2020), quando foram negociadas 49.715 unidades.

Com todo este cenário, a capital paulista é a primeira colocada no ranking Melhores Cidades para Fazer Negócios, no mercado imobiliário. Na segunda posição está o Rio de Janeiro, e em seguida Belo Horizonte, em Minas Gerais. A lista contempla 100 cidades.

O ranking das melhores cidades para fazer negócios é elaborado anualmente pela consultoria Urban Systems, com exclusividade para EXAME, em seis segmentos econômicos: educação, comércio, serviços, indústria, mercado imobiliário e agropecuária.

Para chegar à lista do mercado imobiliário, foram analisados nove indicadores, entre eles, novos domicílios em quatro faixas de renda e saldo de empregos, nas cidades com mais de 100 mil habitantes.

Em 2021, a consultoria também avaliou o ritmo de vacinação e taxa de letalidade da covid-19 em cada um dos municípios, no dia 15 de outubro, para uma fotografia de comparação.

Para o professor do Insper, David Kallás, a demanda por imóveis comerciais caiu muito durante a pandemia, por conta do sistema de teletrabalho. Mas a baixa taxa de juros, principalmente no ano passado, estimulou o setor residencial.

“As pessoas buscaram unidades mais estruturadas, com algum cômodo a mais para fazer escritório. Tiveram também consumidores que buscaram áreas mais arborizadas dentro da própria cidade. Isso tudo contribuiu para o desempenho da cidade de São Paulo”, avalia.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, pondera que a cidade tem um déficit habitacional de 400.000 unidades e que a prefeitura está empenhada e ajudar o setor a se desenvolver.

"É um setor que tem muito recurso financeiro e alta demanda. Cabe à prefeitura dar os mecanismos legais para que essa união seja proveitosa. Votamos a Operação Água Branca, outro projeto de requalificação do Centro, que tem tudo a ver com o ambiente favorável para ajudar quem está no setor a empreender", diz.

Acompanhe tudo sobre:ImóveisRicardo Nunessao-pauloUrban Systems

Mais de Brasil

Saúde nega desabastecimento generalizado de vacinas no Brasil

Campanha de doações da Gaviões para quitar dívida do Corinthians com Caixa deve começar em novembro

Fuad tem 46% e Engler, 40%, no segundo turno em BH, diz pesquisa Quaest

Avião da Voepass vai parar na grama depois de problema mecânico no Aeroporto de Congonhas