Brasil

Pré-sal, Copa e Olimpíadas “blindam” economia do Rio

Violência prejudica comércio e turismo da região, mas não impedirá avanço econômico

Rio de Janeiro: o contraste entre a beleza do anoitecer e a favela do Vidigal (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS/Wikimedia Commons)

Rio de Janeiro: o contraste entre a beleza do anoitecer e a favela do Vidigal (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 17h48.

São Paulo - A onde de violência no Rio de Janeiro tem repercussão internacional e impacto direto na economia da região. Não é fácil mensurar o tamanho do estrago, mas é possível afirmar que o comércio e o turismo são os primeiros setores atingidos.

Uma estimativa da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) aponta perdas de R$ 39 milhões por dia com lojas fechadas em 15 regiões castigadas pelos confrontos. O montante representa 11% do faturamento diário do varejo da cidade.

Cálculos para o turismo não são tão simples e objetivos assim. Se houver cancelamentos de quartos em hotéis, o prejuízo poderá ser calculado. Porém, o difícil é mensurar eventuais viagens que deixarão de ser feitas por turistas brasileiros e estrangeiros. O arranhão na imagem do Rio de Janeiro é inequívoco.

Entretanto, a atual escalada da violência urbana em nada altera as projeções econômicas favoráveis para a região. A próxima década será marcada por investimentos em infraestrutura para a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016. Não faltará dinheiro público e privado - com papel decisivo do BNDES.

Sem falar, é claro, no peso que a indústria do petróleo tem no PIB da região e as perspectivas promissoras que o Pré-sal proporciona. Para muitos, é a grande oportunidade de o Rio de Janeiro resolver problemas sociais que se arrastam há décadas, cujo reflexo é observado nos morros.

É provável que boa parte dos ganhos de receita do governo estadual e municipal seja destinada à segurança pública – um desperdício de dinheiro na categoria do mal necessário. A violência urbana atrapalha e atrasa o desenvolvimento do Rio de Janeiro, mas não o inviabiliza. Na próxima década, pelo menos, a economia da região estará “blindada” pela Copa, pelos Jogos Olímpicos e pelo Pré-sal.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasComércioCopa do MundoEsportesFutebolIndústriaIndústria do petróleoIndústrias em geralInfraestruturaMetrópoles globaisRio de JaneiroTurismoVarejoViolência urbana

Mais de Brasil

Lula faz novos exames de imagem 12 dias após acidente doméstico no Alvorada

Lula se reúne com governadores para discutir PEC da Segurança Pública

Governo anuncia novas regras para transporte aéreo de pets