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Não abro mão do texto aprovado e acabou, diz Onyx Lorenzoni

"Não estou frustrado, mas feliz. O tempo dá condição de que a racionalidade esteja acima de outros interesses", disse o relator do pacote anticorrupção

Onyx: líderes consideram que o adiamento dará tempo para que se amplie a pressão dentro da Casa contra o relatório de Onyx Lorenzoni (Facebook/Divulgação)

Onyx: líderes consideram que o adiamento dará tempo para que se amplie a pressão dentro da Casa contra o relatório de Onyx Lorenzoni (Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de novembro de 2016 às 16h15.

Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 12h12.

Brasília - Relator do pacote anticorrupção, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) minimizou nesta quinta-feira, 24, o adiamento da votação da proposta no plenário da Casa para a próxima terça-feira, 29.

"Não estou frustrado, mas feliz. O tempo dá condição de que a racionalidade esteja acima de qualquer outro interesse", afirmou à reportagem, logo após o anúncio da nova data, proferido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Questionado se a ampliação do prazo não abriria espaço para uma maior interferências de parlamentares contrários ao texto, o relator emendou: "Não abro mão do texto que foi aprovado e acabou".

Nos bastidores, líderes ouvidos pela reportagem consideram, contudo, que o adiamento dará tempo para que se amplie a pressão dentro da Casa contra o relatório de Onyx Lorenzoni.

Diante desse cenário, alguns parlamentares não descartam a possibilidade, inclusive, de não se votar na próxima semana.

A possibilidade de adiamento da votação ganhou corpo ao longo do dia em meio a várias reuniões realizadas no gabinete de Maia.

"Ninguém se entende. Cada uma apresenta uma sugestão diferente. Eu, na minha opinião, acho que não devemos votar isso de forma açodada", afirmou o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB), após deixar um dos encontros.

"Não tem um texto. Está uma bagunça geral", afirmou Vicente Cândido (PT-SP). "Foi melhor o adiamento porque estava confuso", disse Vanderlei Macris (PSDB-SP).

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