Marina Silva: ex-senadora informou ao ministro que foram coletadas 910 mil assinaturas, 668 mil foram encaminhadas aos cartórios eleitorais (Jonathan Fickies/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2013 às 20h35.
Brasília - A ex-senadora Marina Silva voltou a pedir hoje (26) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que conceda registro ao partido Rede Sustentabilidade, legenda fundada por ela.
Marina esteve com ministro Marco Aurélio, do TSE, para reafirmar que o partido cumpriu todos os requisitos pedidos pela Justiça Eleitoral e tem o mínimo de assinaturas de apoiadores para obter o registro. Para participar das eleições do ano que vem, o partido tem que ser registrado até o dia 5 de outubro, um ano antes do primeiro turno.
A ex-senadora informou ao ministro que foram coletadas 910 mil assinaturas, 668 mil foram encaminhadas aos cartórios eleitorais, responsáveis por validar as assinaturas dos apoiadores. Segundo Marina, o Rede Sustentabilidade certificou cerca de 450 mil assinaturas e 95 mil que foram anuladas sem justificativa pelos cartórios eleitorais estaduais.
"Viemos a esta corte para pedir Justiça. Esta conversa com ministros e ministras é no sentido de mostrar a eles a legitimidade do pleito que estamos apresentando, após processo de mobilização, coleta de assinaturas, que dentro dos prazos respondeu a todos os pedidos legais para a formação do partido", disse.
No segunda-feira (26), a ministra Laurita Vaz, do TSE, determinou a recontagem das assinaturas entregues pelo Rede Sustentabilidade. Ela atendeu pedido do vice-procurador eleitoral Eugênio Aragão. Na sexta-feira (20), em parecer enviado ao TSE, Aragão disse que a legenda da ex-senadora validou na Justiça Eleitoral apenas 102 mil assinaturas de apoiadores em todo o país.
Para obter registro, o partido precisa validar 483 mil assinaturas, o que corresponde a 0,5% dos votos registrados na última eleição para a Câmara dos Deputados. Segundo Marina Silva, os números são divergentes porque, durante o processo de validação de assinaturas de apoiadores nos tribunais regionais eleitorais, os cartórios atrasaram os procedimentos e anularam assinaturas sem justificativa.