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Lula diz que "tem um cantinho" para Zé Dirceu em Curitiba

Ao fazer referência sobre manifestações contra o governo Bolsonaro, José Dirceu disse que o "Vulcão já entrou em erupção"

JOSÉ DIRCEU: "Estamos aqui nos preparando para mais essa trincheira de luta" (Vagner Rosário/VEJA)

JOSÉ DIRCEU: "Estamos aqui nos preparando para mais essa trincheira de luta" (Vagner Rosário/VEJA)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de maio de 2019 às 18h58.

São Paulo — Preso há mais de um ano na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba - desde 7 de abril do ano passado -, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a ordem de prisão do ex-ministro José Dirceu, mas brincou com o fato de o correligionário ser levado para o mesmo prédio.

"O presidente Lula lamentou a prisão do José Dirceu mas fez uma brincadeira, coisa de amigo, dizendo que se Dirceu quiser tem um cantinho para ele", disse o ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ), que integra a defesa de Lula.

Dirceu está a caminho da PF em Curitiba onde deveria ter se apresentado às 16h.

Nesta quinta-feira, 16, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) negou recurso de Dirceu e a Justiça Federal em Curitiba determinou sua prisão.

Dirceu vai cumprir pena de 8 anos e 10 meses pela segunda condenação na Lava Jato.

"Vulcão já entrou em erupção"

Em mensagem à militância petista gravada quinta-feira, 16, à noite e compartilhada em grupos petistas do WhatsApp, o ex-ministro José Dirceu diz que "o vulcão já entrou em erupção".

A mensagem, gravada poucas horas antes de Dirceu embarcar rumo a Curitiba, foi interpretada como uma referência às manifestações em defesa da educação e contra o governo Jair Bolsonaro que levaram centenas de milhares de pessoas às ruas na quarta-feira, 15.

"O Brasil já está mudando, o vulcão já está em erupção. Como eu disse no Tuca, um vulcão embaixo de um país de jovens e mulheres vai, como está acontecendo, entrar em erupção", diz Dirceu.

Com a voz rouca e tentando demonstrar otimismo, Dirceu classifica a prisão como mais uma "trincheira de luta" e diz ter esperança quanto a uma decisão favorável nos tribunais superiores.

"Estamos aqui nos preparando para mais essa trincheira de luta. Vamos ver assim. Tem uma série de recursos jurídicos a curto prazo, uma série de decisões a serem tomadas no Supremo, no STJ. Vamos ver se conseguimos Justiça no curto prazo. Eu me preparei para isso. Vamos retomar o segundo volume (das memórias), vou ler mais, manter a saúde, manter o contato. Fiquem aí na trincheira de vocês que é nossa", diz o ex-ministro.

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