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Líder do PT defende enxugamento da base aliada

Deputado José Guimarães defendeu "uma base menor, mais programática, com mais nitidez política"


	Deputado José Guimarães (PT-CE): "prefiro uma base menor, mais programática, com mais nitidez política, do que esse colchão que muitas vezes não junta os corpos que estão dentro dele"
 (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)

Deputado José Guimarães (PT-CE): "prefiro uma base menor, mais programática, com mais nitidez política, do que esse colchão que muitas vezes não junta os corpos que estão dentro dele" (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 18h43.

Brasília - Ao explicar o discurso desta quarta-feira, 10, em plenário, quando cobrou compromissos dos partidos aliados em relação às votações de interesse do governo, o líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE), defendeu, nesta quinta-feira, o enxugamento da base aliada. "Prefiro uma base menor, mais programática, com mais nitidez política, do que esse colchão que muitas vezes não junta os corpos que estão dentro dele", desabafou o petista.

Durante a votação do projeto que destina recursos dos royalties do petróleo para Educação e Saúde, o governo viu parte da sua base se opor ao texto aprovado pelo Senado, que era o defendido pelo Planalto. Para não sofrer nova derrota na Casa, PT e PMDB utilizaram recursos regimentais para impedir a votação e assim conseguiram esvaziar a sessão sem concluir a apreciação do projeto.

Em meio ao debate acalorado, Guimarães foi à tribuna cobrar fidelidade dos partidos governistas. "Quem é governo tem ônus e bônus. Não pode ter bônus de um lado e ter ônus de outro lado. Eu quero rediscutir a nossa relação com o PDT, com o PSD, até para se estabelecer uma nitidez política na disputa", declarou em plenário. "Não é razoável ser oposição de noite e governo de manhã", complementou.

Nesta quinta, após passar o dia se justificando com alguns deputados, Guimarães disse que trabalha para construir uma relação de coerência e franqueza com os aliados, seja na hora de assumir o ônus do desgaste do governo quando ele é vaiado, seja na hora de dividir o bônus de entregar uma obra para a comunidade. "O bônus é participar da formulação, é inaugurar junto com a presidenta, é inaugurar as obras do PAC. A gente discute aqui e no outro dia o deputado está inaugurando a escola. Não pode ser assim: governo na rua e oposição aqui dentro. Foi isso que eu quis dizer", explicou.

Guimarães afirmou que na quarta fez apenas um "desabafo" após ouvir críticas ao governo. "Na vida você tem sempre que ter um lado. Eu sei comprar o desgaste por ser governo e sei ter bônus quando o governo vai realizar as obras públicas que melhoram a vida do povo brasileiro", completou.

Para o líder do PT, o governo precisa conversar com todos os partidos da base na tentativa de "recompor", "trocar as cordas (do violão) que quebraram" e "juntar as pedras". "Vamos ver o que dá para recompor", afirmou.

Guimarães negou que as declarações do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, prejudique ainda mais a relação com os aliados no Parlamento. Ao jornal Folha de S.Paulo, Mercadante sugeriu que o eleitorado pode cobrar do Congresso Nacional a consulta popular para a reforma política. "Não atrapalha em nada, não", avaliou o líder do PT.

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