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Hidrelétrica Retiro Baixo será desligada novamente por cautela, diz ONS

Até o momento, o rompimento da barragem já contabiliza 60 mortos e cerca de 292 desaparecidos

Diretor-geral do ONS informou que a hidrelétrica de Retiro Baixo será novamente desligada por volta das 12h (Google/Reprodução)

Diretor-geral do ONS informou que a hidrelétrica de Retiro Baixo será novamente desligada por volta das 12h (Google/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 11h51.

Última atualização em 28 de janeiro de 2019 às 11h52.

Rio - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Barata, informou ao Broadcast que a hidrelétrica de Retiro Baixo será novamente desligada por volta das 12h, quando é prevista a chegada das águas decorrentes do rompimento da Barragem 1 da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. Até o momento, o rompimento da barragem já contabiliza 60 mortos e cerca de 292 desaparecidos.

Barata afirmou que a saída de operação da hidrelétrica não prejudica o sistema, apesar dos sucessivos recordes de carga de energia elétrica registrados nas últimas semanas. "É apenas uma medida de cautela, para proteger as turbinas, mas a saída dela não traz problemas ao sistema, é pequena", disse Barata em entrevista exclusiva pela manhã.

Abastecimento de energia

Segundo o executivo, apesar da potência da usina ser de 82 megawatts (MW), ela estava gerando apenas 30 MW, o que será compensado facilmente por outra fonte de energia. Barata informou que desde o acidente na sexta-feira, 25, o ONS vem participando da sala de crise instalada pelo governo para administrar a tragédia de Brumadinho, e que até o momento, do ponto de vista do abastecimento de energia, não há riscos.

"A lama estava prevista para chegar à hidrelétrica nos próximos dias, estamos monitorando para ver se chegará suja ou limpa", disse Barata, que afasta por enquanto o risco de uma eventual poluição também no Rio São Francisco, já que o Rio Paraopeba, que passa por Brumadinho, deságua nele. "A previsão é de que não chegue (no São Francisco), mas estamos na sala de crise monitorando isso, acompanhando o fluxo dos rejeitos", explicou Barata.

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