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Ficaremos fora da discussão política sobre a vacina, diz diretor da Anvisa

Antônio Barra, presidente da Anvisa, se encontrou com o governador de São Paulo nesta quarta-feira, 21, e disse que não há como definir prazo para vacinação

Antônio Barra: diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Pedro França/Agência Senado)

Antônio Barra: diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Pedro França/Agência Senado)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 21 de outubro de 2020 às 16h23.

Última atualização em 21 de outubro de 2020 às 16h37.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra, afirmou nesta quarta-feira, 21, que não haverá qualquer influência externa na avaliação pelo órgão regulador de candidatas a vacinas contra covid-19, em meio ao embate entre o presidente Jair Bolsonaro e governadores sobre o eventual uso de uma vacina chinesa no país. A política vai seguir dando o tom na bolsa? Vai. E você pode aproveitar as oportunidades. Assine gratuitamente a EXAME Research

"Para nós, pouco importa de onde vem a vacina ou de onde é o país de origem", disse Barra após reunir-se no início da tarde com o governador de São Paulo, João Doria, cujo governo participa do desenvolvimento da vacina chinesa por meio do Instituto Butantan.

"Nos manteremos fora da discussão política, fora de outra discussão que não seja o norte de entregar respostas vacinais aos brasileiros", acrescentou.

Um pouco antes da fala de Barra, o governador João Doria disse que saiu da reunião “confiante”. “Aqui na Anvisa nós temos o bastião dos brasileiros. Saímos daqui com a esperança mais elevada”, disse o governador.

Barra destacou que o dever constitucional da agência reguladora é dizer que a vacina garante a imunidade. Ele disse que, embora o foco do órgão seja a questão da covid-19, não é possível dar prazo para que haja a autorização de uso da vacina produzida pelo Butantan ou outros locais.

Mais cedo nesta quarta, Bolsonaro vetou acordo anunciado na véspera para que o Instituto Butantan fornecesse 46 milhões de doses da vacina da Sinovac ao Ministério da Saúde.

Uma coletiva de imprensa foi chamada às pressas pela manhã, com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. Ele disse que o governo federal não vai comprar a vacina chinesa, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. De acordo com a pasta, “houve uma interpretação equivocada na fala do ministro da Saúde” durante a reunião de terça-feira, 20.

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