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Estado de SP anuncia hospital exclusivo para covid-19 na capital

O estado também anunciou que vai alterar os protocolos de intubação de pacientes para substituir alguns medicamentos usados no procedimento

São Paulo: segundo a coordenadora do Controle de Doenças da secretaria estadual de Saúde, Regiane de Paula, 4.718.913 pessoas já foram vacinadas no estado de São Paulo (Bloomberg/Getty Images)

São Paulo: segundo a coordenadora do Controle de Doenças da secretaria estadual de Saúde, Regiane de Paula, 4.718.913 pessoas já foram vacinadas no estado de São Paulo (Bloomberg/Getty Images)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2021 às 14h33.

Última atualização em 22 de março de 2021 às 16h25.

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), anunciou nesta segunda-feira, 22, que o Hospital Geral da Vila Penteado, na zona norte da capital paulista, passará a atender exclusivamente pacientes de covid-19.

De acordo com Garcia, o hospital conta com 196 leitos, dos quais 55 de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e 141 de enfermaria dedicados a pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. "Todas as demais doenças atendidas neste hospital já estão sendo absorvidas por outros hospitais da rede estadual", destacou o vice-governador.

O vice também anunciou a mobilização feita pelo governo estadual junto à iniciativa privada para aumentar a produção e distribuição de oxigênio envasado em São Paulo. Segundo Garcia, em reunião coordenada pelo governador João Doria (PSDB), nesta segunda-feira, representantes da iniciativa privada garantiram o abastecimento de oxigênio para os leitos de UTI para São Paulo.

Entre as medidas anunciadas, está a criação de um usina de oxigênio em Ribeirão Preto, no interior paulista, por iniciativa da Ambev, que doará integralmente a produção, bem como ajuda da Copagás, que se disponibilizou a utilizar sua frota para o transporte e logística de cilindros de oxigênio.

SP mudará protocolo para substituir remédios usados em intubação

O estado de São Paulo vai alterar os protocolos de intubação de pacientes no estado para substituir alguns medicamentos usados no procedimento, em meio ao risco de desabastecimento de anestésicos, neurobloqueadores e relaxantes musculares diante de um aumento no número de pacientes graves internados com covid-19.

Segundo o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, esses protocolos para substituição de medicamentos estão em processo de validação junto com entidades que representam os médicos intensivistas e anestesiologistas. Ele garantiu que não há falta do chamado kit intubação no estado, mas disse que o governo atuará preventivamente.

"Optamos por fazer mudanças nos protocolos usando outros medicamentos disponíveis que essas pessoas possam se manter intubadas, ou seja, com auxílio dos aparelhos, sem qualquer prejuízo na sua assistência. Nós estamos validando esses protocolos junto com órgãos de classe", disse Gorinchteyn em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

"Estamos antecipando atos de compra e procederemos compras emergenciais, se for o caso", assegurou.

Ele disse que algumas regiões do estado chegaram ao limite da utilização de medicamentos para intubação, mas disse que o sistema logístico do estado garante o abastecimento. Ele também cobrou uma coordenação nacional liderada pelo Ministério da Saúde para garantir o abastecimento nacionalmente.

"Não faltam esses kits anestésicos. O que nós temos identificado é que algumas regiões chegaram ao seu limite de utilização exatamente porque foram solicitados maior número de pacientes necessitando ir pra UTIs e de ventilação mecânica, que são os respiradores, e por isso sua utilização foi maior", afirmou.

"Nós temos um sistema de logística dentro do próprio estado que faz com que uma determinada região acabe suprindo a outra para que não haja falta. Mas lógico que todas as atitudes que estão sendo tomadas estão sendo tomadas de forma preventiva para que nós não tenhamos esse risco."

Gorinchteyn disse que a secretaria paulista mandou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando ajuda no abastecimento dos remédios usados na intubação de pacientes.

Vacinas

Segundo a coordenadora do Controle de Doenças da secretaria estadual de Saúde, Regiane de Paula, 4.718.913 pessoas já foram vacinadas no estado de São Paulo, sendo 3.504.422 com a primeira dose e 1.213.771 com a segunda dose do imunizante.

Ainda segundo a coordenadora, o cronograma das vacinas prometidas pelo Ministério da Saúde, além das doses do Butantan, não vem sendo cumprido, reforçando a necessidade de mais vacinas para a imunização da população. Nesta manhã, o governo de São Paulo realizou o repasse de mais 1 milhão de doses da vacina do Instituto Butantan, totalizando 25,6 milhões de doses entregues.

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