Brasil

Em três dias, governo oficializa mais de 200 exonerações

Esse número abrange apenas cargos que dependem de nomeação ou pela presidente ou pela Casa Civil


	Esplanada dos Ministérios: também foi exonerado o presidente dos Correios, Giovanni Correa Queiroz
 (Ana Volpe/Senado/Fotos Públicas)

Esplanada dos Ministérios: também foi exonerado o presidente dos Correios, Giovanni Correa Queiroz (Ana Volpe/Senado/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2016 às 13h02.

Brasília - Com o afastamento de Dilma Rousseff do comando do País, as edições do Diário Oficial da União (DOU) de quarta-feira, 10, até esta sexta-feira, 13, trazem cerca de 220 exonerações em postos vinculados à Presidência, além dos ministros e de três secretários especiais de Dilma.

Esse número abrange apenas cargos que dependem de nomeação ou pela presidente ou pela Casa Civil.

Dentre os demitidos, há assessores especiais, secretários, chefes e diretores de departamentos de vários ministérios ou órgãos vinculados e do Palácio do Planalto. Alguns deles foram exonerados a pedido.

Constam da lista o presidente da Embratur, Marcos Antonio Moura Sales; a secretária executiva da Casa Civil de Dilma, Eva Chiavon, que exercia o comando da pasta interinamente; e o assessor especial da presidente afastada Marco Aurélio Garcia.

Também foi exonerado o presidente dos Correios, Giovanni Correa Queiroz.

Alguns funcionários foram remanejados de antigas funções e nomeados em outras.

É o caso de Giles Azevedo, que deixou o cargo de assessor especial de Dilma, mas continuará muito próximo a ela.

Azevedo agora será secretário executivo do gabinete pessoal da presidente. Mais oito pessoas também foram nomeadas por Dilma para integrar o seu grupo de assessores pessoais durante seu afastamento.

Ministros

Na quinta-feira, foram exonerados 28 dos 32 ministros de Dilma, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que foi nomeado chefe da Casa Civil, mas não chegou a exercer as funções do posto por causa de suspensão judicial - e outros titulares, como da Fazenda, Nelson Barbosa; da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo; e o chefe de seu gabinete pessoal, Jaques Wagner.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que tem status de ministro, não foi exonerado. Tombini deve ficar no cargo no período de transição entre os governos, até o início de junho.

No Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, não houve exonerações ontem.

Os respectivos ministros, Celso Pansera e Armando Monteiro, já haviam deixado os cargos para participar do processo de votação do impeachment - Pansera voltou à Câmara e Monteiro, ao Senado.

Na Saúde, Marcelo Castro também já havia sido exonerado, no fim de abril. Ele também se licenciou do cargo de ministro para votar a favor de Dilma no processo de impeachment na Câmara.

Em seguida, retornou à pasta, mas dias depois pediu para sair de vez do comando da Saúde alegando isolamento no partido dele, o PMDB, o mesmo do agora presidente em exercício Michel Temer.

Também na quinta-feira, edição extra do DOU trouxe a exoneração da secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira; do secretário especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ronaldo Crispim Sena Barros; e do secretário especial de Direitos Humanos, Rogério Sottili.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralDilma RousseffMercado financeiroPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Avião da FAB cai após colisão no interior de SP

Qual será o tema da redação do Enem 2024? Veja principais apostas

O que precisa levar para o Enem 2024? Saiba o que pode e o que não pode no dia da prova

Consórcio Aposta Vencedora arremata leilão de concessão de loterias de SP por R$ 600 milhões