Brasil

Doria anuncia distribuição de cestas básicas para 4 milhões de pessoas

De acordo com o governador João Doria, o programa "Alimento Solidário" é uma parceria com a iniciativa privada e terá investimento inicial de R$ 110 milhões

Doria também anunciou a criação de um hospital de campanha com 240 leitos no Estádio do Ibirapuera (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

Doria também anunciou a criação de um hospital de campanha com 240 leitos no Estádio do Ibirapuera (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2020 às 15h53.

Última atualização em 7 de abril de 2020 às 15h55.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o governo do Estado irá implementar, a partir do dia 17 deste mês, o programa "Alimento Solidário", que distribuirá 1 milhão de cestas básicas para 4 milhões de paulistas em situação de extrema pobreza. Segundo informou o governador, o investimento inicial de R$ 110 milhões destinado à iniciativa partiu do setor privado, entre empresas nacionais e internacionais.

Doria ainda afirmou que a cesta, composta com o auxílio de uma equipe de nutricionistas do Hospital Israelita Albert Einstein, tem capacidade para alimentar uma família de até 4 pessoas por um mês. Os cidadãos beneficiados pela iniciativa serão aqueles que estão no Cadastro Único, gerido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, responsável pela criação do programa.

De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patricia Ellen, o Alimento Solidário faz parte de um conjunto de três frentes de apoio social à população mais pobre de São Paulo, que enfrenta os impactos da pandemia do novo coronavírus. As outras iniciativas dessa frente, segundo Ellen, são o programa Merenda em Casa, que repassa às famílias o valor das merendas destinadas aos alunos do sistema público de ensino, e a distribuição de produtos de higiene pessoal que ajudam a conter o alastramento do coronavírus, como o álcool em gel, à população mais pobre.

Novo hospital de campanha

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou mais um hospital de campanha, com capacidade de 240 leitos de observação para a capital do Estado. O hospital funcionará no Estádio do Ibirapuera, na zona sul, e nele atuarão 800 profissionais da área da saúde. Segundo Doria, o hospital teve um investimento de R$ 42 milhões e começa a funcionar a partir do dia 1º de maio.

O hospital será o terceiro do tipo a funcionar na cidade de São Paulo para atender às vítimas da covid-19. Nesta segunda-feira, 6, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), inaugurou ao lado de Doria o hospital de campanha que funciona no Estádio do Pacaembu, na zona oeste, com capacidade para 200 leitos de observação. Segundo o governador, os hospitais são "fundamentais para liberar as unidades de saúde para os casos de alta complexidade".

Está previsto que no dia 15 deste mês seja inaugurado o hospital de campanha que funcionará no Parque do Anhembi, na zona norte, com 2.000 leitos de baixa complexidade. Ao todo, serão 2.240 novos leitos de observação para a capital.

Isolamento social de 70%

Presente na coletiva de Doria, o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo e médico infectologista David Uip disse que os leitos no Estado, oferecidos para o tratamento da covid-19, serão suficientes para a demanda da crise, desde que seja ampliado o distanciamento social.

Segundo Uip, é necessário aumentar o índice de distanciamento social de 54% para a meta de 70%. "Se não aderirmos, teremos maiores dificuldades na disponibilidade de leitos", disse o médico.

De acordo com Doria, abril "é o mês mais agudo do coronavírus". "Não podemos flexibilizar o isolamento social", reforçou o tucano, na entrevista concedida no Palácio dos Bandeirantes.

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