São Paulo – A presidente Dilma Rousseff respondeu hoje porque guarda consigo, em espécie, a quantia de R$ 152 mil, como declarou à Justiça Eleitoral para concorrer à Presidência este ano (veja os bens de cada presidenciável).
Nesta tarde, na sabatina da Folha de S Paulo, UOL, Jovem Pan e SBT, a presidente foi questionada sobre a razão para não depositar este dinheiro em alguma instituição bancária, considerando a situação democrática e estável do país, sem nenhum confisco da poupança em vista (tal como ocorrido no governo Collor).
A mandatária, que passou três anos presa durante o regime militar, apontou reflexos dos anos de militância política.
“Sete anos eu vivi fugida. São as coisas que você incorpora. Teve muito tempo na vida em que eu dormia de sapato. É muito forte a experiência que você passa em determinados momentos”, falou.
Dilma afirmou ainda que parte do dinheiro é depositada ao longo do ano e que outra parte ela acaba dando para a família.
“Já me perguntaram: porque será que eu gosto de fazer isso? Eu falei que sou desse jeito. Eu sou de outra geração, eu nunca quis o sucesso... O sucesso não era isso na minha época. O valor fundamental era transformar o Brasil. Já vivi muito sem dinheiro. Já vivi com dinheiro. Tenho esta mania com meus 150 mil reais que vocês não vão mudar”, disse aos jornalistas que a questionaram.
Entre os políticos, a opção de manter dinheiro em espécie não é exclusividade de Dilma Rousseff.
Vários candidatos em 2014, cujas declarações constam no sistema do Tribunal Superior Eleitoral, afirmam guardar consigo grandes somas de dinheiro.
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1. Milionários
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1/12 (Divulgação/ Facebook oficial Eunício Oliveira)
São Paulo – Dos quase 170 candidatos a
governador em todos os
estados do país, dez possuem patrimônio – declarado – superior a R$ 10 milhões de reais. Concorrendo em estados diferentes, eles podem ser vistos no ranking a seguir. O peemedebista e hoje senador Eunício Oliveira, que quer governar o
Ceará, deixa todos os demais bem atrás: seus R$ 99 milhões em bens são quase três vezes mais que as posses do 2º lugar, pertencente a Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul). As informações de cada um foram retiradas do
Divulgacand2014, ferramenta do Tribunal Superior Eleitoral (
TSE). Ela é alimentada com os dados repassados pelos candidatos aos tribunais regionais. Para ter o nome na urna em outubro, todos
políticos são obrigados a declarar imóveis, veículos, investimentos, contas bancárias e outros bens. Entre as ocupações declaradas pelos próprios candidatos, estão “empresário”, “pecuarista” e “advogado”, além de cargos políticos. Apesar das fortunas, estes valores são quase sempre (altamente) subestimados. Os
imóveis – que representam parcela considerável do
patrimônio da maioria deles - aparecem com os valores da época da compra, e não os atuais de mercado, tal como é permitido pela Receita. Veja a seguir o valor total do patrimônio dos candidatos e alguns exemplos de bens de cada um.
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2. 1º) Eunício Oliveira - CE
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2/12 (Divulgação/ Facebook oficial Eunício Oliveira)
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3. 2º) Reinaldo Azambuja – MS
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3/12 (Divulgação/Jessica Barbosa)
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4. 3º) Vanderlan Cardoso - GO
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4/12 (Divulgação/Facebook oficial Vanderlan Cardoso/Reprodução)
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5. 4º) Ataídes Oliveira - TO
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5/12 (Divulgação/Aroldo Cardoso)
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6. 5º) Eduardo Braga - AM
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6/12 (Divulgação/Flickr/Eduardo Braga)
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7. 6º) Paulo Skaf - SP
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7/12 (Divulgação/Facebook oficial Paulo Skaf)
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8. 7º) Armando Monteiro - PE
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8/12 (Divulgação/Facebook oficial Armando Monteiro)
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9. 8º) Sandoval Cardoso -TO
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9/12 (Divulgação/Facebook oficial Sandoval Cardoso)
Governador, Solidariedade (
veja declaração) Patrimônio declarado:
R$ 14,1 milhões
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10. 9º) Henrique Eduardo Alves - RN
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10/12 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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11. 10º) Pimenta da Veiga - MG
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11/12 (Divulgação/Facebook/Pimenta da Veiga)
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12. Agora, veja as cidades onde a população tem mais dinheiro, em média
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12/12 (Dado Galdieri/Bloomberg)