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Declaração de senador Magno Malta sobre Vini Jr. gera reações e pedidos de cassação

Parlamentar é acusado de racismo após comentário sobre o jogador Vinicius Júnior

Magno Malta: senador é acusado de injúria racial e enfrenta pedido de cassação (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Magno Malta: senador é acusado de injúria racial e enfrenta pedido de cassação (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 24 de maio de 2023 às 17h16.

Última atualização em 24 de maio de 2023 às 17h43.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e um dos senadores mais destacados na oposição ao governo Lula no Congresso, Magno Malta (PL-ES) usou uma sessão da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta terça-feira, 23, para criticar a mídia nacional e atacar o que chamou de "revitimização" do jogador Vinicius Júnior, atacante do Real Madrid, da Espanha.

"Cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco?", afirmou.

Reação imediata

A declaração provocou reação imediata de parlamentares, alimentou polêmica nas redes sociais e resultou em um pedido de cassação de seu mandato protocolado pelo PSOL. Já o líder do PT na Casa, Fabiano Contarato (ES), afirmou que denunciou Malta no Supremo Tribunal Federal por crime de injúria racial.

O PSOL define a declaração de Malta como "racista e desumana". "No caso concreto, houve nítida prática de discriminação ou preconceito", diz a representação formalizada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

"Diante da gravidade da situação apontada, envolvendo o crime de racismo, fica insustentável a sua permanência como senador da República no cargo. O representado não possui condições mínimas de decoro, humanidade e decência para representar o povo brasileiro, fazendo-se mister a cassação do seu mandato."

"Como pai de duas crianças negras, não posso ignorar o que testemunhei hoje no Senado", escreveu Contarato em sua rede social. "Por isso, acionei o Supremo Tribunal Federal para que instaurasse inquérito policial para averiguar falas racistas do senador."

Ao "Estadão", a assessoria do parlamentar falou que ele poderá se pronunciar sobre o caso se for deferido o recebimento da representação no Conselho de Ética do Senado Federal.

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