Brasil

Decisão sobre candidatura de Marina pode ficar para TSE

Para eleger o substituto de Campos, a coligação encabeçada pelo PSB precisa do voto da maioria das executivas dos partidos coligados


	Beto Albuquerque e Marina Silva após reunião do PSB que definiu a nova chapa presidencial
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Beto Albuquerque e Marina Silva após reunião do PSB que definiu a nova chapa presidencial (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 21h08.

Brasília - Se os partidos que fazem parte da coligação do PSB não aceitarem a candidatura de Marina Silva em substituição à de Eduardo Campos e pedirem para sair da coligação, a tarefa de achar uma solução para o caso pode ficar para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para eleger o substituto de Campos, a coligação encabeçada pelo PSB precisa do voto da maioria das executivas dos partidos coligados originalmente.

No total, a coligação que lançou Eduardo Campos como candidato - a Unidos Pelo Brasil - é formada pelo PSB, PHS, PRP, PPS, PPL e PSL. O presidente do PSL, contudo, anunciou nesta quinta-feira que pretende deixar o grupo.

Caso os nanicos sigam a posição do PSL, o TSE terá ao menos duas decisões a tomar. A primeira: se um partido pode deixar a coligação nesta etapa da campanha.

Já a segunda e mais complexa é se a saída de partidos da coligação altera a maioria necessária para aprovar o substituto.

Com os seis partidos, a maioria exigida para a aprovação seria de quatro legendas. No entanto, o tribunal pode considerar apenas o número de partidos restante na coligação, a depender do momento em que o pedido para deixar o grupo de Marina for formalizado.

Assim, se três partidos deixassem a Unidos Pelo Brasil, por exemplo, antes de votarem a favor ou contra o nome de Marina, o tribunal poderia exigir apenas dois partidos para definir o substituto.

Não basta se isentar da votação do substituto para deixar a coligação. É preciso pedir a saída formalmente ao TSE e aguardar a decisão do tribunal.

Portanto, se os partidos desejarem barrar a candidatura de Marina, a medida mais efetiva seria votar contra a definição de seu nome.

Nos bastidores do tribunal, os ministros destacam o ineditismo do caso, que deve fazer com que as decisões passem pelo plenário. A previsão é de que a corte eleitoral leve em consideração o tamanho do prejuízo causado à coligação para solucionar a questão.

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesEleiçõesEleições 2014Marina SilvaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSB – Partido Socialista BrasileiroTSE

Mais de Brasil

Justiça suspende concessão de escolas do governo de SP

Parlamento da Venezuela pedirá que Celso Amorim seja declarado 'persona non grata'

Bolsonaro se reúne com senadores do PL para selar apoio a Alcolumbre para a sucessão