Trump e May em Londres: nesta sexta-feira o presidente americano tem encontro com a rainha / Kevin Lamarque/ Reuters (Kevin Lamarque/Reuters)
EXAME Hoje
Publicado em 13 de julho de 2018 às 07h24.
O juiz federal substituto da 10ª Vara de Brasília, Ricardo Leite, absolveu nesta quinta-feira (12) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo em que ele é réu por supostamente ter comprado o silêncio do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. O caso estava concluso para sentença desde novembro de 2017 e teve origem no acordo de colaboração do ex-senador Delcídio do Amaral. Lula era réu por obstrução de Justiça. Além de Lula, foram absolvidos o ex-senador Delcídio do Amaral, o banqueiro André Esteves, Edson de Siqueira Ribeiro Filho, ex-advogado de Cerveró, Diogo Ferreira Rodrigues, ex-chefe de gabinete de Delcídio, o amigo do ex-presidente Lula e pecuarista José Carlos Bumlai e seu filho Maurício Bumlai. Delcídio foi preso em novembro de 2015, supostamente por envolvimento com a compra do silêncio de Cerveró, que, na época, estava na iminência de fechar acordo de delação premiada. Em fevereiro de 2016, Delcídio foi solto após fechar acordo de delação.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que abra um inquérito para investigar se o desembargador do TRF-4 Rogério Favreto cometeu crime de prevaricação ao mandar soltar Lula no domingo (8). Dodge argumenta que Favreto agiu fora de sua competência e “pretendeu favorecer” o ex-presidente. Segundo ela, o desembargador agiu de maneira partidária e “desonrou a rigidez e a honorabilidade de seu cargo”. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também enviou ao Conselho Nacional de Justiça reclamação disciplinar contra o desembargador pedindo sua aposentadoria compulsória.
A ONG internacional de direitos humanos Anistia Internacional pediu uma comissão externa e independente para acompanhar as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que completou 120 dias ainda sem respostas. “Após quatro meses sem solução, a credibilidade do sistema de Justiça criminal está em xeque”, afirmou a diretora de pesquisa da entidade, Renata Neder, ao jornal O Estado de S. Paulo. “Está claro que as instituições não têm credibilidade, eficácia, competência ou vontade de resolver o caso.” Segundo a ONG, informações relacionadas ao caso divulgadas pela imprensa permanecem sem nenhum tipo de resposta das autoridades, como o fato de que câmeras de segurança no local do assassinato teriam sido desligadas na véspera do crime.
Em uma sessão extraordinária, os vereadores do Rio votaram nesta quinta-feira contra a abertura de dois processos de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB). Foram 29 votos contra a abertura dos pedidos e 16 a favor — 47 dos 51 vereadores estavam presentes. Mais cedo, a Procuradoria da Câmara Municipal do Rio havia decidido que uma maioria simples (26 votos) era suficiente para dar andamento aos processos. Inicialmente, os vereadores acreditavam que seriam necessários 34 votos. O prefeito ainda terá que se explicar ao Tribunal de Contas do Município sobre por que não agiu para evitar o agravamento das contas públicas do município, que fechou 2017 com um déficit de 1,6 bilhão de reais. Em sessão com bate boca nesta quinta, o tribunal deu mais 30 dias de prazo para que Crivella se explique.
O Congresso Nacional aprovou nesta madrugada de quinta-feira o projeto Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, porém retirou do texto o dispositivo que proibia a concessão de reajustes aos servidores públicos e a criação de outros cargos públicos no ano que vem. O projeto segue agora para sanção presidencial, e o Congresso poderá entrar em recesso de 18 de julho a 1º de agosto. A retirada do dispositivo que proibia os reajustes e a criação de cargos públicos em 2019, ainda que com efeitos financeiros posteriores ao próximo ano, foi defendida pelos parlamentares de partidos da oposição. Durante os debates, a maioria dos demais partidos acabou liberando sua bancada ou orientando o voto pela retirada do texto da LDO, que estabelece meta de déficit primário de 132 bilhões de reais para o setor público consolidado, sexto resultado anual consecutivo no vermelho, além de salário mínimo de 998 reais.
O volume de vendas do comércio varejista nacional recuou 0,6% de abril para maio deste ano. A queda praticamente descontou a alta de 0,7% registrada na passagem de março para abril. O dado da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) foi divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos outros tipos de comparação temporal, no entanto, o volume do comércio avançou: média móvel trimestral (0,4%), comparação com maio de 2017 (2,7%), acumulado do ano (3,2%) e acumulado de 12 meses (3,7%). Seis das oito atividades do comércio varejista pesquisadas tiveram queda, com destaque para o segmento de combustíveis e lubrificantes (6,1%). A única atividade com alta foi supermercados, alimentos, bebidas e fumo, com 0,6%. O segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico manteve-se estável.
A Movile acaba de levantar um novo aporte de 124 milhões de dólares do grupo sul-africano Naspers e do fundo Innova Capital, do empresário Jorge Paulo Lemann. O valor será aplicado, principalmente, em seus negócios de alimentação, tíquete e pagamentos. Os investidores já haviam investido 82 milhões de dólares há sete meses na companhia, dona dos aplicativos iFood, PlayKids e Rapiddo. Com esse novo aporte, a Movile já recebeu 395 milhões de dólares e se torna uma das brasileiras que mais levantaram investimentos. O Nubank embolsou 527,6 milhões de dólares dos investidores desde sua criação, de acordo com o Crunchbase.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, fez nesta quinta-feira uma sugestão para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um acordo comercial pós-Brexit com os EUA, na primeira viagem do líder norte-americano ao Reino Unido, somente horas após o presidente questionar os planos de May para a saída britânica da União Europeia. May elogiou a amizade entre os dois aliados, ignorando as dúvidas apresentadas pelo presidente sobre o plano dela para o Brexit.
Um tribunal da Alemanha determinou hoje que o país pode extraditar o líder separatista catalão Carles Puigdemont, mas pelo crime de malversação e não por rebelião, como desejava o governo espanhol. Puigdemont é acusado de desvio de fundos públicos, um crime que o tribunal considerou passível de extradição. A “extradição pela acusação de malversação de fundos públicos é admissível. Uma extradição pela acusação de rebelião não é admissível”, indicou a corte superior regional de Schleswig-Holstein. O governo da Espanha acusa o líder catalão de rebelião devido ao referendo de 2017, que pretendia separar a Catalunha do restante da Espanha. Porém, o tribunal considerou que não houve violência suficiente para caracterizar-se uma rebelião.