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CPI deve convocar governadores e prefeitos para depor sobre uso de verbas

Também há sugestões para que nove ministros do governo Bolsonaro sejam ouvidos pelo colegiado

 (Jefferson Rudy/Agência Senado)

(Jefferson Rudy/Agência Senado)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 26 de maio de 2021 às 06h00.

Última atualização em 26 de maio de 2021 às 11h46.

Sem depoimento marcado para esta quarta-feira, 26, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid deve votar mais de 200 requerimentos pendentes. Entre eles, estão pedidos para convocação de nove governadores e 12 prefeitos e ex-prefeitos. Os senadores pretendem chamar ao colegiado governantes de capitais onde a Polícia Federal investiga o possível uso irregular de verbas públicas voltadas a medidas de combate à pandemia.

Também há sugestões para que nove ministros do governo Bolsonaro sejam ouvidos: Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa), Anderson Torres (Justiça); Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e ex-Secretaria de Governo), Carlos Alberto Franco França (Relações Exteriores), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Wagner Rosário (CGU).

Os senadores estudam, ainda, a reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ouvido em 6 de maio, e do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que depôs nos dias 19 e 20 de maio. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), considera que Pazuello mentiu durante o depoimento e, por isso, deve falar novamente ao colegiado.

Senadores propõem também que a comissão chame o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, para explicar participação em reunião com representante da Pfizer, no Palácio do Planalto, e com o Ministério da Saúde. Segundo Aziz, estão na mesa 402 requerimentos. Cerca de metade deles sugere a convocação de novas testemunhas.

Nesta terça-feira, 25, a CPI ouviu a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Conhecida como "Capitã Cloroquina", ela negou que tenha recebido ordens para indicar o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para covid-19 e voltou a defender o "tratamento precoce".

 

A CPI da Covid foi instalada em 27 de abril, com o objetivo de investigar ações e possíveis omissões do governo federal na pandemia de covid-19. Veja quem já foi ouvido até agora:

Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde

Nelson Teich, ex-ministro da Saúde

Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde

Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa

Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo federal

Carlos Murillo, ex-presidente da Pfizer no Brasil

Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores 

Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde

Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde

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