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Chuvas no RS: Guaíba deve levar 12 dias para ficar abaixo da cota de inundação

Temporal voltou a castigar o estado do Rio Grande do Sul. Capital Porto Alegre já sofre com novas enchentes

Rio Guaíba, usina do gasômetro, em Porto Alegre após chuva intensa (Gilvan Rocha/Agência Brasil)

Rio Guaíba, usina do gasômetro, em Porto Alegre após chuva intensa (Gilvan Rocha/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 23 de maio de 2024 às 17h22.

Última atualização em 23 de maio de 2024 às 17h44.

Previsões do Serviço Geológico do Brasil indicam que o nível do Rio Guaíba, em Porto Alegre, pode levar pelo menos 12 dias para ficar abaixo da cota de inundação, de 3 metros, por causa da volta das fortes chuvas ao Rio Grande do Sul. De acordo com última atualização, às 13h desta quinta-feira, 23, a elevação está em 3,90 metros. A tendência, segundo o serviço do governo federal, é de que volte a crescer um pouco antes de cair.

"Com os novos eventos de chuvas que já estão ocorrendo, pode haver repique, cuja intensidade dependerá do volume dessas chuvas", comentou o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB, Artur Matos.

Matos pontuou que esses repiques são historicamente observados no Guaíba após ocorrências de inundações, o que pode atrasar o retorno à normalidade. Ainda segundo ele, em todas as outras estações monitoradas por meio do Sistema de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai, o nível está reduzindo.

As previsões para o Guaíba, realizadas com base na modelagem elaborada pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e os dados dos Sistema de Alerta Hidrológico foram apresentadas durante a quinta Reunião da Sala de Crise da Região Sul, promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), nesta quinta.

 Situação na Lagoa dos Patos

O volume de águas que passa pelo Guaíba deságua na Lagoa dos Patos, na região sul do estado. No município de São Lourenço do Sul, segundo o serviço, a estimativa é que o pico da cheia tenha ocorrido entre os dias 17 e 19 de maio, mas começou o processo de diminuição.

As previsões apresentadas pelo SGB, com base em modelos da Universidade Federal do Rio Grande, indicam que o nível das águas começou a baixar, mas deve voltar a subir a partir do dia 25.

"Os níveis da lagoa são afetados pelas chuvas que ocorrem nas bacias hidrográficas e pelo volume de rios e outros cursos d’água que deságuam na lagoa, como é o caso do Guaíba, Camaquã e Canal São Gonçalo. O comportamento dos níveis oscila também pela variabilidade da intensidade e direção dos ventos, bem como a influências das marés", explica a chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, Andrea Germano.

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