Câmara: a presidente nacional do PCdoB protocolou o pedido de criação da Frente com assinatura de 186 deputados federais e 32 senadores (Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2016 às 20h11.
Brasília - Terminou em discussão a última sessão plenária da Câmara dos Deputados que antecede o início das sessões destinadas ao julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A oposição reclamou que seus parlamentares assinaram a lista para criação da Frente Parlamentar Mista pela Democracia sem saber que ela seria divulgada como documento de apoio à presidente Dilma Rousseff.
Mais cedo, a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), protocolou o pedido de criação da Frente com assinatura de 186 deputados federais e 32 senadores.
No lançamento da Frente, a dirigente do PCdoB afirmou que esses números não significam "necessariamente" que todos esses parlamentares vão votar contra o impeachment.
Prova disso é que a frente contava com assinaturas de parlamentares de partidos a favor do impedimento, como PSDB, DEM e PP.
No final da sessão, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) rasgou o documento no plenário alegando que os colegas da oposição foram enganados.
A reação gerou um tumulto e a sessão foi encerrada às pressas.
O líder do PSC, André Moura (SE), deixou a sessão furioso. O parlamentar contou que três deputados de sua bancada assinaram a lista sem saber que a Frente se referia a uma lista de parlamentares contra o impeachment.
"É praxe a gente assinar listas", explicou. Segundo o líder, mais de 50 deputados da oposição assinaram o documento sem se dar conta do que se tratava. "É um bando de picaretas, marginais", acusou.