(Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 14 de abril de 2024 às 08h25.
Última atualização em 14 de abril de 2024 às 09h22.
O Ministério das Relações Exteriores disse na noite de sábado, 13, que acompanha com "grave preocupação" ataque do Irã contra Israel, com lançamento de mais de 300 drones e mísseis. A ação do Irã é uma retaliação ao bombardeio do consulado do país na Síria no último dia 1º de abril, que causou, entre outras, a morte do comandante da Guarda Revolucionária do Irã. No mesmo dia, o Irã informou que iria revidar.
" O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria. Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã", afirmou o Itamaraty em nota.
A pasta afirma ainda que o Brasil apela para que todas as partes envolvidas no conflito "exerçam máxima contenção", e pede para que a comunicade internacional mobilize esforços para "evitar uma escalada". O ministério recomendou ainda que brasileiros não realizem viagens não essenciais à região. Os nacionais que estiverem em Israel ou Irã deve seguir as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.
A ofensiva do Irã representa uma resposta ao ataque que destruiu o consulado do iraniano em Damasco, na Síria. O conflito aumenta as tensões entre os dois países e têm o potencial de desencadear uma guerra regional, informaram a CNN e CNBC.
As tensões entre o Irã e Israel aumentaram desde o início da guerra em Gaza, em outubro. Nas últimas semanas, o clima entre as duas nações piorou ainda mais depois de o Irã acusar Israel de atacar ao seu consulado em Damasco, em 1 de abril.
Os líderes iranianos, incluindo o aiatolá Ali Khamenei, comprometeram-se a retaliar Israel pelo ataque a Damasco e Israel, por sua vez, ameaçou um contra-ataque próprio. Israel não confirmou nem negou o seu envolvimento no ataque de Damasco.
Após o lançamento dos mísseis e drones na noite de sábado, o governo iraniano prometeu uma ofensiva "ainda maior" se Israel revidar ataque e advertiu que os Estados Unidos fiquem de fora do conflito entre os dois países.