Brasil

Barroso suspende condução coercitiva de Wizard à CPI

Ministro do STF atendeu ao pedido feito pela defesa do empresário, segundo a qual Wizard confirmou à CPI que marcou depoimento à CPI para 30 de junho

Ministro do STF atendeu ao pedido feito pela defesa do empresário. (Miguel Schincariol/AFP)

Ministro do STF atendeu ao pedido feito pela defesa do empresário. (Miguel Schincariol/AFP)

share
AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de junho de 2021 às 21h12.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidiu hoje (25) suspender a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. 

Barroso atendeu ao pedido feito pela defesa do empresário. De acordo com os advogados, Wizard confirmou à CPI que retornará ao Brasil e agendou depoimento para 30 de junho. Dessa forma, a medida seria desnecessária.

“Nessas condições, considero presentes os requisitos para concessão da cautelar requerida. De fato, tendo em vista que o paciente assumiu o compromisso expresso de comparecer perante a CPI referida, tenho por injustificada e desnecessária, neste exame cautelar da causa, a manutenção da ordem de condução coercitiva do paciente”, decidiu o ministro.

O depoimento de Carlos Wizard estava marcado para 17 de junho, mas o empresário não compareceu. A defesa alegou que ele está nos Estados Unidos acompanhando o tratamento de saúde de um parente. Foi solicitado o depoimento por videoconferência, mas o pedido não foi atendido pela comissão. Os advogados argumentaram ainda que se Wizard deixar o território americano, não conseguirá voltar por causa das restrições migratórias provocadas pela pandemia de covid-19.

Diante do impasse, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), solicitou à Justiça o comparecimento compulsório e a retenção do passaporte do empresário.

A juíza federal Marcia Souza de Oliveira, da 1ª Vara Federal em Campinas (SP), autorizou a Polícia Federal (PF) a realizar a diligência, mas o empresário não foi encontrado. Dessa forma, a magistrada autorizou apenas a retenção do documento após o retorno ao Brasil.

No STF, os advogados de Wizard também afirmaram que ele nunca ocupou cargo público no Ministério da Saúde e não tomou decisões administrativas. Segundo a defesa, o empresário auxiliou o ex-ministro Eduardo Pazuello, de forma voluntária, por cerca de 20 dias, durante o processo de transição após a saída de Nelson Teich.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importante em tempo real.

Acompanhe tudo sobre:Carlos Wizard MartinsCPI da CovidLuís Roberto BarrosoSupremo Tribunal Federal (STF)vacina contra coronavírus

Mais de Brasil

Eleições nos EUA: Haddad diz que Brasil nunca teve dificuldade de lidar com republicanos

Governo pede esclarecimentos do X, de Elon Musk, sobre nova política para treinar IA

Reforma Tributária: plano de trabalho prevê audiências até meados de novembro

Apoio de Lira a proposta que limita decisões de ministros é interpretado como formalidade no STF