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Aids: a ameaça permanece

Esta quinta-feira é o Dia Mundial da Luta Contra a Aids. A doença ainda é uma das que mais mata no mundo. Em 2015, 1,1 milhão de pessoas morreram de algum mal relacionado à Aids. Mas o controle está melhorando. De acordo com relatório da ONU publicado este mês, das 36,7 milhões de pessoas infectadas no […]

AIDS: na Índia, garotas acendem velas na escola por campanha de combate à doença  / Amit Dave/ Reuters

AIDS: na Índia, garotas acendem velas na escola por campanha de combate à doença / Amit Dave/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 18h40.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h03.

Esta quinta-feira é o Dia Mundial da Luta Contra a Aids. A doença ainda é uma das que mais mata no mundo. Em 2015, 1,1 milhão de pessoas morreram de algum mal relacionado à Aids. Mas o controle está melhorando. De acordo com relatório da ONU publicado este mês, das 36,7 milhões de pessoas infectadas no mundo, 18,2 milhões recebem tratamento – um recorde, número duas vezes maior que há cinco anos.

Apesar dos esforços, os grupos de risco permanecem particularmente vulneráveis. Globalmente, as mulheres de até 24 anos são as maiores vítimas. Entre essa parcela da população, o número de novas infecções regrediu apenas 6% nos últimos cinco anos, com 390.000 mulheres jovens contraindo a doença em 2015. A meta para 2020 é de que esse número caia para improváveis 100.000.

No Brasil, o perfil da epidemia é diferente. Aqui, a Aids se espalha mais nos grandes centros urbanos e entre homens. No município de São Paulo, por exemplo, a população homossexual representa 65% dos casos identificados e tem aumentado. A taxa de detecção da doença no município caiu 19,4% entre 2014 e 2015, com 17,9 casos tendo sido identificados a cada 100.000 habitantes. Porém, entre os homens de 20 a 24 anos, essa taxa é de 56,5 e aumentou 98,6% na última década.

O acesso ao tratamento é parte fundamental da prevenção, uma vez que os indivíduos tratados não espalham a doença, mesmo em relações desprotegidas. Porém, o avanço de doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis, globalmente, acende um sinal de alerta em relação ao HIV. “O cansaço com a camisinha como método de prevenção é uma grande preocupação”, diz a médica Eliana Gutierrez, coordenadora do programa de DST/Aids da prefeitura de São Paulo.

Em pesquisa realizada em 2014, 47% dos paulistanos informaram não ter acesso a preservativos – apesar de 97% reconhecerem a importância de usá-lo. De lá para cá, a distribuição de camisinhas passou de 30 milhões para 80 milhões este ano. Para evitar o avanço da Aids, o município tem investido em medicamentos para prevenção pós-exposição, que funcionam como uma pílula do dia seguinte. A ordem é combater a doença no maior número de frentes possível, protegendo homens e mulheres, na África ou aqui.

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