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Aeroviários adiam greve para depois do Natal

Trabalhadores e empresas não chegaram a acordo, mas greve só deve ser retomada na segunda-feira

Em Congonhas, passageiros enfrentaram filas a atrasos nesta quinta (Daniela Moreira/EXAME.com)

Em Congonhas, passageiros enfrentaram filas a atrasos nesta quinta (Daniela Moreira/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 13h05.

São Paulo – Acabou sem acordo a reunião de conciliação que aconteceu na tarde de hoje (22) entre o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo e as companhias aéreas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Segundo informou o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo (Fntta), Uébio José da Silva, as empresas não aceitaram conceder o reajuste de 7% proposto pelo tribunal.

Uébio disse que está, no entanto, descartada a possibilidade de uma greve dos aeroviários – pessoal que trabalha em terra - antes de segunda-feira (26) devido às condições impostas pelo TRT. De acordo com ele, ficou decidido que, em caso de paralisação, o sindicato deverá informar o início da greve com 72h de antecedência e manter, ao menos 80%, dos funcionários trabalhando.

Condições semelhantes fizeram o Sindicato Nacional dos Aeronautas desistir de deflagrar uma greve nacional e aceitar a proposta de 6,5% de reajuste salarial. Para o presidente do sindicato que representa pilotos, copilotos e comissários de bordo, Gelson Fochesato, as determinações do Tribunal Superior do Trabalho (TST) tornaram a greve “praticamente impossível”.

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen, determinou ontem (21) que pelo menos 80% dos aeronautas e aeroviários estejam em seus postos de trabalho nos dias que antecedem os feriados de Natal e Ano-Novo.

Fochesato admitiu que a impossibilidade de deflagrar uma paralisação levou a categoria a aceitar um acordo insatisfatório. “Provamos por números que a lucratividade das empresas justifica tranquilamente e repasse de 10% [de aumento] - inflação e mais 3,5% de produtividade. Então, é evidente que é pouco”.

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